O requerimento é do vereador Rafael Roza (Pros) e foi aprovado na sessão de terça-feira (7) da Câmara de Maringá. O Executivo ainda não respondeu ao requerimento
Por Victor Ramalho
Um requerimento aprovado na sessão da Câmara de Maringá de terça-feira (7) questiona o município sobre a possibilidade de criação de um “ticket-refeição” para moradores de rua. O autor do pedido é o vereador Rafael Roza (Pros).
Em entrevista ao Maringá Post nesta quinta-feira (9), o parlamentar explicou que o objetivo da ideia é desestimular a doação de esmolas para essas pessoas. De acordo com o vereador, o requerimento surgiu após conversas com membros das forças de segurança.
“Nós estamos percebendo que, em Maringá, o número de moradores de rua está crescendo cada vez mais. Com isso, também cresce a violência e o tráfico de drogas. Conversando com algumas pessoas que fazem o policiamento em Maringá, eles entenderam que, enquanto as pessoas estiverem doando dinheiro, isso vai alimentar cada vez mais o consumo de drogas e bebidas por essas pessoas, pois é um acesso fácil ao dinheiro. As pessoas ficam comovidas, querem ajudar, mas elas não sabem se, de fato, esse dinheiro será usado para comprar comida ou será usado com drogas. Foi daí que pensamos nessa alternativa”, afirmou.
Ainda segundo Roza, a sugestão é de que a distribuição não seja feita pelo município. As próprias pessoas que querem ajudar os moradores em situação de rua poderão comprar os tickets nos restaurantes populares, local onde eles serão usados.
“Não é a Prefeitura que vai dar, nem o contribuinte. A pessoa que quiser ajudar um morador de rua, vai e poderá comprar com o seu dinheiro o ticket. Assim, quando um morador de rua vier pedir ajuda em um semáforo, a pessoa poderá dar o ticket como ajuda. Será um ticket que só poderá ser usado dentro do Restaurante Popular. Isso evitará que a pessoa tente vender o ticket ou transformá-lo em um novo tipo de comércio”, explicou.
O Executivo tem até 15 dias para responder o requerimento do vereador, a partir da data que ele foi aprovado. Até o fechamento desta reportagem, a Prefeitura de Maringá ainda não havia se manifestado.
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