Entre as modalidades de financiamento de pesquisa na Universidade Estadual de Maringá (UEM), existem as bolsas. Contudo, somente a bolsa não torna possível desenvolver projetos de pesquisa que os programas de pós-graduação e iniciação científica propõem. É o que diz o Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UEM, Mauro Ravagnani, ao Maringá Post.
Por isso, precisam de apoio de agências financiadoras, como a Capes, o CNPq e a Fundação Araucária.
Sem um aporte financeiro, é difícil desenvolver a pesquisa. Em nenhum lugar do mundo existe pesquisa sem financiamento, afirma.
Ravagnani conta que, nos últimos anos, o país tem passado por um processo por um estrangulamento do nível de pesquisa. Os recursos para as pesquisas têm sido retirados e aplicados em outras ações.
Por isso, para o pró-reitor, é necessário mudar este comportamento para evitar problemas sérios quanto ao desenvolvimento de pesquisas.
A pesquisa discente – ou seja, que geralmente diz respeito aos alunos da graduação – conta com dois tipos de projetos: os de iniciação científica e os de iniciação tecnológica. Os projetos podem ser com ou sem bolsas.
A UEM financia parte de ambos os projetos. A outra parte é financiada pelo CNPq.
Na universidade, diz, o orçamento gerencial do conselho de administração destina em torno de R$ 350 mil por ano. De acordo com o pró-reitor, a universidade poderia ampliar mais a quantidade de bolsas se houvesse mais recursos. 1 em cada 20 alunos fazem Iniciação Científica. Mais alunos participariam dos projetos se houvesse mais recursos.
Existem em torno de 500 bolsas com valor de R$ 450,00.
Um outro nível de pesquisa são os Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu – alunos de mestrado e doutorado desenvolvem pesquisas mais aprofundadas. Existem em torno de 2500 alunos bolsistas entre ambas as modalidades de pós-graduação. O financiamento é pelo Capes, CNPq, Fundação Araucária, agências internacionais, empresas.
Na UEM, afirma, há em torno de 1500 professores, sendo mil efetivos e 500 temporários. 70% dos professores realizam pesquisas.
840 professores estão vinculados a Programas de Pós-Graduação.
As bolsas de pós-graduação são de agências financiadoras, e não da própria universidade.
Por fim, o pró-reitor enfatiza: um fator importante de salientar para o desenvolvimento da pesquisa é a inovação – que seria a transformação da pesquisa de tal forma que melhore a condição de vida das pessoas. Existe, internamente, uma política para a inovação, que não existe sem a pesquisa.
Foto: ASC/UEM
Atualizado às 18h45min
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