Preocupação com instabilidade no emprego ultrapassa gerações; geração Z e millennials

Os colaboradores mais preocupados com a instabilidade, são da geração Z, com 63%. A geração dos Millennials vem em sequência, registrando 52%.

  • Segundo dados obtidos através da pesquisa internacional realizada pela empresa Sodexo Benefícios e Incentivos, por meio da análise de dois estudos referentes a situação atual e futura do mercado de trabalho e dos desafios impostos pela diversidade geracional às empresas,  algumas conclusões sobre o número de colaboradores de diferentes gerações de nascimento que se preocupam com a instabilidade nos empregos, foram evidenciadas.

    O  primeiro estudo realizado foi nomeado como “O mix geracional nas empresas espanholas” , seguindo de uma análise que é complementada por um segundo estudo identificado como “Os 7 grandes desafios do mix geracional nas empresas espanholas” , que tinha como intuito evidenciar quais desafios essa diversidade geracional representa para as empresas.

    A Sodexo destacou que os colaboradores mais preocupados com a instabilidade, são da geração Z, com 63%. A geração dos Millennials vem em sequência, registrando 52%. Já a geração dos Baby Boomers não tem essa preocupação como fator primordial, registrando apenas 25% no quesito preocupação.

    Os colaboradores englobados na geração Z são os nascidos a partir do ano de 1998 até os dias atuais. Os Millennials de 1981 até 1997. Já a geração X,  engloba os nascidos de 1965 até 1980. E os baby Bommers de 1946 até 1964.

    Com base em dados do  Inquérito à População Activa. Esta mistura de colaboradores permite na  origem a uma diversidade geracional o que muitas vezes difere na visão do mundo mercado de trabalho.

    Os estudos da Sodexo, realizaram uma espécie de radiografia do mercado de trabalho atual, desde as necessidades e expectativas das diferentes gerações, até o que está sendo esperado para o futuro. O principal objetivo era compreender esses problemas e buscar alternativas para soluciona-los.

    O primeiro estudo analisou o panorama do emprego atual e da próxima década seguindo a perspectiva das gerações que compõem a força de trabalho atual, como: baby boomers (1946-1964), geração X (1965-1980), geração millennials (1981-1997) e geração Z ou centennials (1998 até os dias atuais). Confira abaixo algumas das principais conclusões obtidas.

    • A Percepção do mundo do trabalho e nas preocupações que giram em torno dele é uma das necessidades com maior destaque entre as gerações;
    • Instabilidade no emprego é a principal preocupação para 63% da geração Z e 52% da geração do milênio. No entanto, essa preocupação não se enquadra baby boomers, pois apenas 25% se preocupam com isso;
    • Geração Z destaca outros desafios no mercado de trabalho, como novas formas de trabalho (43%), domínio de idiomas (36%) e desigualdade e exclusão (31%);
    • Os baby boomers, demonstram maior preocupação com hierarquias (39%) e cultura da empresa (34%);
    • Os salários continuam a liderar para a maioria dos trabalhadores, no entanto a possibilidade de conciliar a vida pessoal, profissional e familiar ganha grande destaque para as gerações mais jovens;
    • A preferência por planos de benefícios também varia de geração para geração. O beneficio do seguro saúde se posiciona como o mais valorizado pelos baby boomers (66%). Já a geração X  tem 58%. Os millennials dão mais importância aos planos de treinamento, com 59%.

    O estudo ainda evidenciou que a disputa entre essas gerações não se restringem apenas nas questões que as preocupam, mas também nas possibilidades que o mercado de trabalho pode ser acessado.

    Ainda segundo os dados do primeiro estudo, a geração atual possui 48% dos membros que iniciaram no mercado de trabalho sem nenhuma experiência anterior. Na geração X, essa porcentagem cai para 38,6% e na geração dos millennials para 15,3%.

    Referente ao uso da tecnologia, o estudo analisou a forma de relacionamento de cada geração com as redes sociais.  Apesar da utilização estar mais associado às novas gerações (com um grau de penetração de até 93% da geração Z), cerca de 52% dos baby boomers também utilizam as redes regularmente durante a jornada de trabalho.

    No segundo estudo, relatório incluiu os desafios enfrentados pelos gestores de RH em termos de gestão relacionados a coexistência dos diferentes perfis profissionais.

    Desse modo, foi concluído que a necessidade de reter o talento dos trabalhadores tem se posicionado como o principal desafio que deverá ser enfrentado pelas empresas.  A avaliação do grau de  importância realizada pelos gestores de RH, foi de 8,18 em 10. Na sequencia, outros pontos foram analisados:

    • 7,8 ressaltaram a segmentação de talentos além da idade;
    • 7,6 evidenciaram a capacidade de manter a progressão na carreira para Gen Xers e baby boomers;
    • 7,48 defenderam a redução da diferença de gênero;
    • 7,29 preferiram a personalização do pacote de remuneração do empregado;
    • 6,15 escolheram a satisfação dos millennialse a incorporação laboral da geração Z;
    • A quebra de estereótipos e maior colaboração entre as gerações, registrou 6,71.

    O estudo evidenciou também as maneiras que podem  solucionar esses desafios:

    1. Trabalhar em formas de reconhecimento do trabalho bem executado e da oferta de oportunidades de crescimento para reter os talentos;
    2. Implementar programas personalizados de remuneração flexível para segmentar as faixas etárias da maneira ideal.
    3. Trabalhar com programas de formação para que nenhum funcionário tenha dificuldade na execução das tarefas;
    4. Apostar na equidade salarial;
    5. Adequar os grupos de trabalho de diferentes gerações por meio de uma gestão adequada.

     

    Apesar da pesquisa realizada pelo Sodexo ser internacional, de certo modo, a preocupação com essa instabilidade e com os outros pontos apresentados é compreendida de maneira global.

     

    Com informações do Factor Humano

    Foto: wayhomestudio/Freepik

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