Nos Estados Unidos, Megan Hess, proprietária de funerária, foi condenada por vender restos mortais de cadáveres sem que as famílias autorizassem. Em torno de 560 corpos tiveram partes vendidas para que fossem usadas em pesquisas não regulamentadas.
A pena é de 20 anos de prisão.
Shirley Koch, mãe da proprietária, recebeu pena de 15 anos de prisão por admitir ter sido cúmplice no caso.
De acordo com o promotor Tim Nelf, a casa funerária foi usada pela dupla para o roubo de corpos e de partes de corpos por meio de formulários fraudulentos de doação.
Nos EUA, é ilegal comercializar corações e rins. Contudo, não há regulamentação para venda de partes da cabeça, dos braços e da coluna para uso em pesquisas. A brecha da lei pode ter sido explorada por ambas.
Outro apontamento feito pelas investigações é de que a dupla vendia partes que continham doenças infecciosas – algo também ilegal. As empresas não sabiam que as partes adquiridas eram obtidas por meio de fraudes por parte de Hess e Koch.
Os crimes cometidos, de acordo com os promotores do caso, foram os de fraude e de roubo, de 2010 até 2018. Em 2020, Hess e Koch foram presas.
O valor cobrado por Hess para cremar os corpos era US$1000,00 (R$5.445,00). Os restos mortais, como combinado, deveriam ser devolvidos para as famílias.
Em adição, cremações gratuitas eram oferecidas por Hess no caso do corpo ser doado.
O advogado de Hess disse, durante julgamento, que Hess sofreu uma lesão cerebral aos 18 anos e que isso estaria associado ao crime por supostamente ter provocado “declínio cognitivo observável”.
A alegação do advogado de Koch é de que a mulher cooperou com as autoridades. Em adição, disse, a infração da lei foi num esforço equivocado de buscar curas médicas e ajudar Hess.
As mulheres enganaram mais de 200 famílias, de acordo com os promotores.
Com informações da Folha de S. Paulo / Foto: Diego Fabian Parra Pabon por Pixabay
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