Depois de aproximadamente 60 dias, o presidente Jair Bolsonaro fez um pronunciamento público pelas redes sociais.
Ao vivo, Bolsonaro falou por mais de 50 minutos.
A live foi dividida em dois temas centrais: primeiro, o presidente fez um breve balanço sobre os avanços dos últimos quatro anos; depois, tratou sobre o momento político do país.
No balanço, Bolsonaro começou citando a carteira nacional de habilitação que, de cinco anos, passou para dez; também tratou das negociações do Fies, o porte de armas, os números da segurança pública e, entre outras coisas, falou sobre a desoneração fiscal, inclusive sobre a isenção dos impostos federais sobre os combustíveis que, segundo ele, estava garantida na lei orçamentária de 2023.
Ao tratar sobre o momento político, apesar das críticas à esquerda, o presidente em nenhum momento discutiu a possibilidade de impedir a posse do petista Luiz Inácio Lula da Silva.
Pelo contrário, em vários momentos falou do “novo governo” e da posse do dia primeiro de janeiro do “governo que vem aí”.
Bolsonaro ressaltou que, nesses 60 dias em que permaneceu em silêncio, verificou todas as possibilidades de, dentro dos limites constitucionais, reverter o resultado das eleições.
Entretanto, sustentou que não faria qualquer aventura e, pelo bem do país, era importante assegurar a normalidade.
O presidente chegou a citar que, hoje, um país não está isolado do mundo; o que acontece numa nação tem consequências.
Perseguição
O presidente considerou ter sido perseguido pela imprensa nos últimos quatro anos. Destacou que situações condenáveis – como o assassinato de um apoiador de Lula em Foz do Iguaçu – foram classificadas como ações de “bolsonaristas”.
Bolsonaro assegurou que nunca houve apoio a esse tipo de atitude.
Ele também condenou as ações de terrorismo em Brasília e, mais uma vez, disse que foram iniciativas que nunca tiveram apoio dele.
Futuro
Sobre o futuro do país, Bolsonaro afirmou que o Brasil não vai acabar em primeiro de janeiro. Para ele, o país terá um Congresso mais conservador o que irá assegurar que as bandeiras defendidas pelo governo dele sejam preservadas.
Porém, o presidente pediu aos apoiadores que façam oposição, que, democraticamente, pressionem o governo.
Bolsonaro também classificou as medidas iniciais do futuro governo Lula como desastrosas.
Gratidão
Em diferentes momentos da live, Bolsonaro disse que sacrificou a vida dele em defesa do Brasil nos últimos quatro anos.
Pontuou que, se não morreu por ocasião do atentado com uma facada durante a campanha de 2018, é que porque havia um propósito para estar na presidência.
Bolsonaro agradeceu aos eleitores e apoio de todos. Reconheceu que muitas pessoas podem estar tristes e até decepcionadas por não “usar a caneta”.
Mas sustentou, porém, que toda sua ação sempre será pautada em fazer tudo bem feito e garantindo o melhor para o país.
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