Segundo pesquisa do IBGE em 2019, as mulheres correspondiam a 109,4 milhões de habitantes, sendo 52,2% da população brasileira. Mesmo sendo maioria, ocupam apenas 13% das 500 maiores empresas do país e representam 15% das pessoas eleitas em 2020. Com a dificuldade em encontrar seu lugar com carteira assinada, o refúgio feminino, principalmente nos últimos anos, foi recorrer ao empreendedorismo.
O Dia do Empreendedorismo Feminino, celebrado em 19 de novembro, foi uma iniciativa criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em parceria com instituições globais, que incentiva a prática profissional feminina, para promover debates sobre o tema e conscientizar a população sobre os desafios e conquistas dessas mulheres que arriscam tudo para se realizar profissionalmente.
A partir de uma pesquisa realizada pelo Sebrae, do total de Microempreendedores Individuais (MEI) registrados no Brasil em dezembro de 2021, 46,7% eram mulheres, sendo 60% delas declaradas pretas e 50% pertencentes à classe C.
Para a Coordenadora dos cursos de Ciências Contábeis, Tecnologia em Gestão Fiscal e Tributária e Pós-Graduação em Gestão Avançada em Tributos da UniPaulistana professora Priscila Maluzza Pissinato, que também é empreendedora pela empresa de desenvolvimento técnico e humano Metasucessos, a discussão sobre mulheres no mercado empresarial é essencial, pois marca a evolução feminina enquanto profissionais, se desprendendo dos valores patriarcais e ressignificando as funções das mulheres em casa e no trabalho.
“Ser uma mulher empreendedora é ser constantemente questionada, ter que provar seu valor em tempo integral, trabalhar o triplo para conquistar a confiança de fornecedores, investidores, funcionários e do público. Mas essa luta diária as torna cada vez mais fortes e a cada conquista valorizam e, se tornam donas de si e do seu negócio. É uma das melhores sensações de força e liberdade” diz a professora Priscila Pissinato.
Informações do Estadão Conteúdo
Foto: Reprodução Canva
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