Por Paulo Vergueiro, professor universitário
A grande maioria das pessoas e você não deve ser diferente, ao buscar um novo emprego, busca deixar seu currículo “Um brinco”, a fim de impressionar ao máximo a empresa e seu entrevistador.
Outra coisa comum: arrumar roupas, cabelo e acessórios de maneira a gerar uma boa apresentação. São importantes? Sim, mas nem tanto, como parece.
O que impressiona de verdade é você procurar informações paralelas, sejam da empresa, das pessoas, do mercado, dos concorrentes, que possam comprovar seu interesse naquela vaga e acima de tudo, chamar à atenção do entrevistador no sentido de que você é de fato alguém antenado, preparado, bem informado, com sangue nos olhos e qualificado para uma aprovação.
Alguns pontos são fundamentais. Vamos a alguns deles:
1) Como este cargo ficou disponível?
É fundamental você demonstrar por que a pessoa que deixou o cargo/função que você busca ocupar. Foi uma razão pessoal? Profissional? Uma Oferta melhor? Um erro crasso? Quanto mais você souber, da realidade, mais poderá organizar sua fala e expor suas “vantagens competitivas”, Sim! Não se esqueça, uma entrevista é vencida por quem melhor demonstra suas vantagens pessoais.
2) Como a performance é medida e com qual frequência ela é revisada?
Você se submete a uma avaliação, normalmente por 3 meses. Certo(a) de que fará seu melhor. Mas afinal de contas, está claro quais são os parâmetros de medição? Quais são os níveis de resultado que de fato fará despertar o interesse em ser efetivado? Mas esse interesse tem dois lados. Você tem que deixar claro que também tem regras, valores e princípios; que estarão sempre sendo buscados.
Ao final da experiência, ambos os lados terão que alcançar os resultados esperados. Mas saber desde antes, é demonstração cabal de responsabilidade e profissionalismo.
3) Quais são os principais desafios do cargo, especialmente nos primeiros 6 meses?
Jogo claro. Passados os famigerados 3 meses iniciais que poderão se somar a outros 3 num total de 6, poderão ou não consolidar sua permanência. Discuti-los na contratação demonstra planejamento e responsabilidade. Deixar para depois, pode ser percebido como um jogo barato, na base do “se der, deu…” e isso não é profissional.
4) Como você descreveria um dia típico desta função?
Saber desde a contratação de como é a rotina diária, fará com que você ganhe tempo, se exponha de maneira desnecessária e acima de tudo, fique com cara de “perdido na multidão”!
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