A vida de Gilberto Leite mudou completamente após reencontrar sua família biológica, depois de 37 anos.
Hoje, Gilberto tem 41 anos de idade, e descobriu que era adotado quando tinha 14 anos. Foi então que ele descobriu que seu nome de batismo era “Dominique”, antes do processo de adoção.
A informação que a família adotiva tinha era que os pais biológicos de Gilberto tinham morrido em um acidente de trânsito, e por isso ele foi colocado para adoção.
Depois de processar toda aquela informação, Gilberto acabou aceitando, mas sentia vontade de saber mais sobre suas origens. Então, seu pai adotivo o incentivou a procurar por sua família biológica.
Muito tempo se passou e as buscas não tinham sucesso. Anos depois, a esposa de Gilberto continuou a apoiá-lo nas buscas, e assim, eles decidiram usar as redes sociais para procurar os familiares. A repercussão foi tanta, que uma das publicação teve mais de 11 mil compartilhamentos.
A postagem trazia uma foto dele criança, uma foto dele adulto e algumas informações sobre o que ele sabia de sua vida antes da adoção.
O reencontro
Gilberto recebia fotos de todo o Brasil, mas seguiu sem pistas. Ele estava prestes a desistir, quando uma mulher entrou em contato com ele, dizendo que ela tinha um tio que contava uma história parecida com a dele, sobre um irmão que se chamava Dominique, que tinha desaparecido aos dois anos de idade.
Apesar de não ter muitas esperanças, ele permitiu que a mulher compartilhasse o seu contato com o tio.
Ao receber uma mensagem desse homem, Gilberto ficou chocado com a semelhança física entre os dois. Ele não perdeu tempo e foi até o endereço do homem – que, logo, ele confirmaria ser seu irmão perdido.
Depois de encontrar com o irmão, ele foi até a casa da mãe biológica, Izabel Vengue Martins. Quando ela o viu, começou a chorar e o abraçou, dizendo que ele tinha voltado à família.
Gilberto decidiu fazer um exame de DNA, só para ter certeza do parentesco. O resultado do teste foi de 99,99%. Depois da confirmação, ele conheceu o resto da família.
Mais descobertas
As surpresas não pararam por aí. Ao entrar em contato com sua família biológica, Gilberto descobriu como acabou sendo mandado para a adoção.
A mãe contou que a família estava passando por problemas financeiros, e que, um dia, quando ela estava fora, o pai biológico vendeu o próprio filho para um homem – ação que fere o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Gilberto tinha dois anos de idade na época.
Em seguida, esse homem o levou a um orfanato, dizendo para encontrar uma família para a criança.
Os pais de Gilberto se separaram algum tempo depois. Anos depois, após o reencontro, o pai biológico de Gilberto entrou em contato e disse que tinha feito o que achava certo na época.
Izabel Vengue Martins, a mãe biológica, fala que nunca deixou de procurar e esperar pelo filho. Todos os anos, no dia do aniversário do filho, ela fazia um bolo e comemorava com a família, pois tinha certeza de que um dia, ele iria voltar para casa.
Aos 14 anos, Gilberto se sentia revoltado, pensando que tinha sido abandonado. Mas agora, a família dele é maior do que nunca: contando com os familiares biológicos, a quem ele finalmente reencontrou, e os familiares adotivos, que o criaram e amaram durante todos esses anos.
Foto: Arquivo pessoal / Gilberto Leite
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