Hoje (03/11), um dos principais assuntos discutidos na Câmara de Maringá foi o Projeto de Lei 16.419/2022, sugerido pelos vereadores Dr. Manoel Álvares Sobrinho (PL) e Sidnei Telles (AVANTE). O objetivo do projeto é melhorar a regulamentação de cigarros eletrônicos.
Em fala dirigida à Câmara, Sidnei Telles enfatizou a necessidade de impor restrições ao cigarro eletrônico devido aos danos que o uso do aparelho causa à saúde da população. Sem tais restrições, disse o vereador, o sistema de saúde será prejudicado. Os investimentos para a resolução do problema serão maiores e mais pessoas apresentarão problemas de saúde ligados ao fumo eletrônico.
Em seguida, o vereador Delegado Luiz Alves (REPUBLICANOS) também apontou o fato de que o cigarro eletrônico é prejudicial para a saúde humana. A postura que deve ser adotada frente a isso, ele disse, é a conscientização. Por isso, afirmou o vereador, o projeto deve receber apoio. Alves também sugeriu a proibição do uso de substâncias tóxicas em quaisquer estruturas esportivas, sejam elas cobertas ou não. A justificativa foi a de que esporte e cigarro não combinam.
O Maringá Post entrevistou os vereadores com base numa matéria do Estadão sobre o uso de cigarros eletrônicos pela população adolescente, a venda e os danos à saúde. Sidnei Telles ressaltou que os novos aparelhos ligados ao fumo são atrativos devido à beleza e à praticidade. Quem fuma o cigarro eletrônico, ele disse, não tem a impressão de estar poluindo o próprio corpo. O vereador incentiva a população a denunciar qualquer irregularidade para que possa ser devidamente fiscalizada — quem observar a venda de cigarro eletrônico para menores de 18 anos deve denunciar o ocorrido.
O Delegado Luiz Alves enfatizou que o fornecimento de cigarro, seja eletrônico ou não, para menores de 18 anos é crime. O projeto de lei, disse o delegado, tem como objetivo desestimular o uso de cigarros eletrônicos. Contudo, ressaltou, devemos dar o exemplo ao não usar este tipo de produto. Em adição, o vereador comentou sobre a importância da orientação à população quanto aos malefícios de tais dispositivos.
Por fim, em fala no púlpito, o vereador Dr. Manoel Álvares Sobrinho apontou alguns dos problemas que o cigarro eletrônico pode provocar: câncer nasal, câncer de laringe, fibrose pulmonar, câncer de pulmão. A fibrose, ele disse, é irreversível. Adicionou também que uma pessoa pode se tornar estéril ao utilizar um cigarro eletrônico, algo que afirmou não ser causado pelo cigarro comum.
Foto: haiberliu por Pixabay.
Atualizado às 16h34min
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