A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda, causada pelo poliovírus e que pode provocar graves implicações no sistema nervoso central, como atrofia e paralisia de membros, especialmente dos inferiores.
Como meio de incentivar a conscientização sobre a doença, foi instituído, em 24 de outubro de 1984, o Dia Mundial do Combate à Poliomielite, em alusão ao nascimento de Jonas Salk, líder da primeira equipe que desenvolveu uma vacina contra a doença. Esta segunda-feira (24) marca, portanto, 38 anos da implementação da data.
“Essa é uma doença grave e que se prolonga por um período longo da história da medicina. Apesar de já a termos vencido uma vez, ela pode retornar, sobretudo devido a baixos índices de vacinação e disseminação de fake news. Por isso, a data representa um momento definitivo para alertar, novamente, sobre a importância fundamental da imunização”, comentou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
No Brasil, a forma mais tradicional de imunização se dá pela vacinação oral, popularmente conhecida como “gotinha”. Todas as crianças com menos de 5 anos devem estar devidamente protegidas, o que impede a poliomielite de prosperar.
“A aplicação da vacina oral contra a poliomielite, a famosa ‘gotinha’, é um marco para a história científica. Seu criador, o doutor Albert Sabin, esteve em Curitiba, no prédio da Sesa, durante a década de 80, para difundir sua vacinação num momento marcante para nosso Estado”, completou o secretário. “Portanto, temos uma missão valorosa, de seguir seu exemplo e apostar na ciência para a proteção de todos”.
De acordo com o Ministério da Saúde, o índice de vacinação de 2022 é o mais baixo dos últimos 30 anos no Paraná. Embora a meta de imunização seja de 95% para crianças com menos de 5 anos, apenas 74,03% do público estimado recebeu a vacina. Em recente campanha nacional, a estimativa era vacinar mais de 620 mil crianças em todo o Estado, mas o número de doses aplicadas foi de 459 mil.
Para incentivar ainda mais a vacinação, a Saúde pede adesão das prefeituras e da sociedade civil organizada, que tem um grande papel na difusão de boas informações sobre a saúde pública. “Instituições como os Rotarys Clubes têm realizado um grande trabalho de responsabilidade social ao longo dos anos em promover ações e elevar o nível de consciência da população acerca da vacinação”, arrematou Beto Preto.
AEN/Foto: SESA
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