O Setembro Amarelo, campanha brasileira de prevenção ao suicídio, está chegando ao fim, mas o cuidado com a saúde mental deve ser levado em consideração durante o ano todo!
Cuidar da mente não é só para as pessoas que têm transtornos mentais, muito pelo contrário. A saúde mental é algo que impacta diariamente na qualidade de vida de todos os indivíduos, pois afeta suas emoções, comportamentos e vivência com a sociedade.
Para reforçar a importância da saúde mental, a psicóloga Débora Maruci Ramos, da Estância Maringá: Centro de Reabilitação Psicossocial, vai dar algumas dicas de como colocar esses cuidados em prática. Confira!
Mas, afinal, o que define a saúde mental?
Antes de tudo, fica o questionamento: qual é o conceito da saúde mental? Existe uma definição?
Segundo a psicóloga Débora, não é possível definir exatamente o conceito de saúde mental, já que é um termo abrangente e diferente para cada pessoa.
No entanto, ao olhar para a concepção de maneira individual, ela esclarece que a saúde mental diz respeito à experiência de bem-estar, que possibilita o ajuste necessário para lidar com emoções – sejam elas positivas ou negativas – nas experiências da vida cotidiana.
Como lidar com a saúde mental no dia a dia?
Lidar com a saúde mental pode ser desafiador para muitas pessoas, e não existe uma solução única que funcione para todas as pessoas. Entretanto, o primeiro passo é investir em estratégias que possibilitem o equilíbrio das funções mentais.
Para fazer isso, as orientações da psicóloga Débora incluem:
- Estar atento a movimentos autodestrutivos;
- Ter autocuidado;
- Cuidar das relações afetivas significativas;
- Ter tempo para o prazer;
- Estabelecer objetivos baseados na compreensão do que gostaria de conseguir de acordo com a realidade de cada um;
- Aprender a reconhecer limites;
- Aceitar as impossibilidades cotidianas;
- Ser capaz de sonhar e mover-se em direção aos sonhos.
Ter sentimentos de preocupação e tristeza é algo normal, que todos passam em alguns momentos da vida. Contudo, quando esses sentimentos são constantes, acompanhados por sintomas de: medo intenso, ansiedade, depressão ou desânimo, a ponto de prejudicar continuamente as atividades do cotidiano, esse pode ser o momento de procurar ajuda profissional na saúde mental.
Como participar da luta da prevenção ao suicídio?
Essa é uma luta que envolve todos os ambientes da sociedade, como escolas, universidades e trabalho. É preciso levar a conscientização para todos os lugares, para que seja possível discutir sobre esses problemas, para então resolvê-los.
“O assunto é envolto em tabus, por isso, falar sobre o tema é uma forma de entender quem passa por essas situações”, explica Débora. “Assim, as pessoas podem ser ajudadas a partir do momento em que os problemas são identificados”.
Qual é o papel da família?
A família também tem função essencial para auxiliar na saúde mental. Para uma pessoa que está passando por dificuldades ou crises, uma conversa aberta sobre seus sentimentos pode fazer toda a diferença.
Ao desabafar sobre suas angústias e saber que está sendo ouvida e compreendida, a pessoa percebe que não está sozinha e consegue enxergar novos caminhos a sua frente, o que evita a possibilidade de um ato extremo como o suicídio.
Toda a nossa vida depende de uma relação equilibrada entre o corpo e a mente. Por isso, esses cuidados com a saúde mental são essenciais para uma vida digna e de qualidade.
Caso você, ou alguém que você conhece, precise de apoio emocional e prevenção ao suicídio, pode ligar para o Centro de Valorização da Vida, pelo número: 188, ou pelo site: https://www.cvv.org.br/. Você ainda pode procurar atendimento médico em clínicas e nos pronto atendimentos dos hospitais da sua cidade.
Foto: Canva
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