No quadro “Papo de especialista” deste domingo (15), o tema foi “Ensino a Distância”. O editor-chefe do Maringá Post, Ronaldo Nezo, conversou com a professora Maria Luisa Furlan Costa, uma das maiores referências da educação a distância no Brasil.
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A professora é líder do Núcleo de Pesquisa de Educação a Distância e Tecnologias Educacionais ligado ao CNPQ, participa do Departamento de Fundamentos Educacionais da UEM e é Coordenadora de mestrado e doutorado em educação na UEM.
A modalidade de ensino a distância cresceu bastante, principalmente após o início de 2020, por conta da pandemia da Covid-19. No entanto, como afirmou a Furlan, a ampliação do EAD não significa qualidade no aprendizado.
A professora Maria Luisa explica que, até 2017, o decreto federal 5.622 exigia que as instituições que ofereciam cursos EAD, aplicassem avaliações presenciais e em polos físicos, como uma tentativa de garantir que eram os próprios alunos a realizar as provas, em um local específico e preparado para recebê-los e atendê-los.
Em 2017, um novo decreto findou essa exigência. Furlan diz que isso não é ruim,pois as instituições passam a ter mais autonomia, porém essa decisão abre margem para instituições que não possuem comprometimento com a qualidade da educação, façam o que quiserem.
Para ela, o ensino a distância é uma forma de democratizar o acesso a educação, principalmente a graduação, no Brasil, mas essa democratização precisa ser pensada e realizada com qualidade, para poder inserir os sujeitos no meio social após a formação.
“Eu fui, sou e serei sempre uma entusiasta da EAD, eu sou super favorável que a gente, cada vez mais, instigue a possibilidade da oferta, mas serei sempre uma pessoa que vai cobrar a questão da qualidade, não é qualquer educação”, afirma.
A professora ainda enfatiza que a educação a distância é uma política pública, e a inclusão digital também é muito importante e necessária no EAD. O sistema digital precisa garantir a qualidade do estudo e o acesso dos alunos.
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