Covid-19: procura pela vacina diminui e saúde alerta sobre importância da vacinação

Em janeiro, a procura pela vacina aumentou em comparação com dezembro, devido à chegada da variante Ômicron e o prazo para segunda dose de crianças e adolescentes.

  • Dados do Vacinômetro Nacional mostram que a procura pela vacina contra a Covid-19 caiu pelo terceiro mês consecutivo no Paraná em abril. Os resultados foram levantados pela Secretaria de Estado da Saúde nesta segunda-feira (09).

    Em janeiro, a procura pela vacina aumentou em comparação com dezembro, devido à chegada da variante Ômicron e o prazo para segunda dose de crianças e adolescentes.

    No entanto, nos meses seguintes os números só baixaram. Em abril, pouco mais de 856,3 mil doses foram aplicadas no Paraná, quase 54% a menos que janeiro (1,8 milhão). Foram, ainda, 1.525.048 em fevereiro e 1.099.093 em março.

    No Brasil, a redução neste período foi ainda maior. Em janeiro, mais de 27,3 milhões de doses foram aplicadas, e em abril, pouco mais de 11 milhões, uma queda de quase 60%. Em fevereiro foram 23.482.978 e em março, 16.366.942.

    “A baixa procura pelos imunizantes contra a Covid-19 se deve, em grande parte, à falsa sensação de proteção. Também tem o fator calendário. Muitas pessoas que tomaram as duas primeiras doses interromperam as visitas aos postos de saúde para as doses adicionais. Mas assim como outras doenças, a imunização do coronavírus precisa ser reforçada, seja com a segunda dose ou doses de reforço. É o que apontam os estudos e é o que estamos orientando os municípios”, disse o secretário de Estado da Saúde, César Neves.

    Dentre todas as etapas de vacinação – primeira, segunda, terceira, quarta dose e dose adicional –, a que mais sofreu impacto foi a primeira dose de reforço (DR), também chamada de terceira dose.

    No início do ano, o Paraná registrou 1.235.074 aplicações e, em abril, apenas 370.209 doses, queda de mais de 70%.

    Segundo as informações da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), pelo menos 4,3 milhões de paranaenses estão com a terceira dose em atraso. A faixa etária com maior número de “faltosos” tem entre 25 a 29 anos (555,1 mil pessoas), seguida por 20 a 24 anos (551,5 mil) e 30 a 34 anos (515,4 mil).

    Já com relação à quarta dose, em janeiro deste ano o Estado registrou 300.870 aplicações. No mês passado, o número baixou para 184.597, uma redução de 38,6% no período.

    De acordo com a RNDS, 1,3 milhão de paranaenses estão com esta dose em atraso. A maioria dos “faltosos” tem idades de 5 a 11 anos (400 mil crianças), seguido pela faixa de 12 a 17 anos (231,4 mil) e 20 a 24 anos (150,5 mil).

    “Estes dados são importantes para analisarmos a necessidade de uma nova chamada para a vacinação no Paraná. Precisamos que a população se conscientize que, se não reforçarem a proteção contra o vírus, aumentam a chance do agravamento clínico dos casos confirmados, com maiores riscos de internamentos, até mesmo levando a óbito”, reforçou o secretário.

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