Quase sete em cada dez pessoas que conseguiram um emprego nos primeiros três meses de 2022, no Paraná, começaram a trabalhar no setor de serviços. As atividades que envolvem restaurantes, lanchonetes, hotéis, imobiliárias e transporte, entre outras áreas, abriram 36.895 vagas com carteira assinada entre janeiro e março, 66% dos novos postos de trabalho formais criados no Estado no primeiro trimestre.
A indústria foi outro setor que se destacou das contratações, com 10.306 novos postos de trabalho no período. É seguida pela construção (4.958), agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (2.833) e comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (503).
Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência, e foram levantados pelo Departamento do Trabalho e Estímulo à Geração de Renda da Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho (Sejuf).
O levantamento leva em conta a série sem ajustes, que não tem as informações das declarações entregues fora de prazo pelos empregadores. Na série com ajustes divulgada na quinta-feira (28) pelo Ministério do Trabalho, o Paraná teve um saldo de 56.225 vagas de emprego criadas nos primeiros três meses do ano.
“Temos a maior rede de Agências do Trabalhador do País, que somente neste ano já indicaram 100 mil pessoas a vagas de emprego. Junto a programas como as Carretas do Conhecimento e o Cartão Futuro, que incentivam a capacitação e o primeiro emprego, criamos novas oportunidades aos trabalhadores”, afirmou o secretário estadual da Justiça, Família e Trabalho, Rogério Carboni.
“Além de ser o quinto estado que mais gerou empregos no primeiro trimestre do ano, o Paraná vem mostrando recuperação principalmente no setor de serviços, que foi muito afetado pela pandemia e precisou paralisar suas atividades”, destacou a chefe do Departamento de Trabalho e Estímulo à Geração de Renda da Sejuf, Suélen Glinski.
Segmentos
Entre os segmentos que compõem o setor de serviços, o que mais abriu novas vagas foram as atividades relacionadas à informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, com 20.816 postos. Na sequência estão administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (7.984), transporte, armazenagem e correio (2.981), alojamento e alimentação (2.729), outros serviços (2.367) e serviços domésticos (18).
Na indústria, a área que lidera as contratações é a indústria de transformação, com 10.275 vagas abertas no período. O segmento de água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação teve saldo de 273 vagas e a indústria extrativista de 16 postos. Eletricidade/gás teve saldo negativo, fechando o trimestre com -258 vagas.
O setor de serviços também puxou o saldo de vagas no mês de março. Das 8.638 vagas criadas no período, 5.404 eram das atividades de serviços, o que corresponde a 62% do total. As áreas de alojamento e alimentação tiveram a maior participação, com a abertura de 1.081 postos formais no mês.
Foi seguida pelos segmentos da administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2.172), outros serviços (938), de transporte, armazenagem e correio (761), informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (441) e serviços domésticos (11).
A indústria geral foi, também em março, o segundo setor com maior saldo de empregos. Foram 1.114 vagas criadas, com destaque para a indústria de transformação, com 1.206 postos de trabalho. O segmento de eletricidade/gás teve saldo oito vagas e a indústria extrativista de uma vaga. O segmento de água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação teve saldo negativo de -101.
Já o comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas fechou o mês com 1.101 vagas abertas, a construção com 535 postos de trabalho e a agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura com 484 vagas.
Bom momento
A abertura de mais de 56 mil vagas vem em um bom momento para o mercado de trabalho paranaense, que fechou o ano de 2021 com o melhor resultado na geração de empregos em 18 anos, com mais de 172 mil novos postos de trabalho no ano passado. Foi o melhor da região Sul e o quarto melhor do País.
Com o isso, o Estado chega ao Dia do Trabalhador, comemorado neste domingo, 1º de maio, com a menor taxa de desemprego desde o final de 2015. O Estado fechou 2021 com um índice de desocupação de 7%, o quinto menor do País.
O resultado do ano passado foi bem melhor do que a média nacional, cujo índice de desemprego chegou a 13,2% no ano passado e atualmente está em 11,1%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e foram levantados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).
Informações da AEN / Foto: José Fernando Ogura
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