A 15ª Regional de Saúde teve 548 novos casos confirmados de dengue em apenas uma semana. A média é de 78 positivados por dia em Maringá e nos 29 municípios da região. Agora, são 1.945 casos da doença – o que representa 39% a mais do que o boletim anterior. No Paraná, a alta também atingiu praticamente o mesmo patamar. A alta em uma semana foi de quase 40%. Saltou de 16.560 casos para 23.161. Diante da alta de casos, o Paraná declarou estado de epidemia da doença.
O boletim com os dados atualizados foi divulgado na tarde desta terça-feira, 19, pela Secretaria de Estado da Saúde. Com relação ao número de óbitos, o cenário é o mesmo da semana passada. Cinco mortes confirmadas. A Sesa aguarda o resultado de exames de vítimas recentes em que a causa ‘dengue hemorrágica’ foi declarada no atestado de óbito. O número de notificações – de casos suspeitos – saltou para pouco mais de 80 mil. São mais de 14 mil em uma semana.
“Em cada boletim semanal os números apontavam para este desfecho. Apesar do nosso constante monitoramento, por parte da Vigilância Ambiental, os números subiram e agora precisamos reverter a situação. Não queremos que os casos aumentem e, principalmente, que ocorram novos óbitos”, destacou o secretário de Estado da Saúde, César Neves.
Epidemia
Se declara situação de epidemia quando há manifestação coletiva de uma doença que rapidamente se espalha, por contágio direto ou indireto, até atingir um grande número de pessoas em um determinado território e que depois se extingue após um período. O Diagrama de Controle é um dos métodos utilizados para a verificação de ocorrência de uma epidemia. Ele consiste na representação gráfica, considerando uma série histórica de 12 anos, sugerindo limites máximo e mínimo de casos absolutos esperados.
Entre 2019 e 2020, o Paraná enfrentou uma das piores epidemias de dengue da sua história, desde que começou a ser monitorada, em 1991. Naquele período foram registrados 227.724 casos confirmados da doença, com 177 mortes. Até então, o pior período havia sido entre 2015 e 2016, com pouco mais de 56 mil casos e 61 mortes.
“Nossas equipes já estão em campo nas regiões onde prevalece o maior número de casos, orientando a população. Estamos promovendo tutoriais voltados aos médicos para esse enfrentamento, para que haja o diagnóstico assertivo”, complementou o secretário. “Precisamos reavivar os métodos de combate da dengue. Aquele vaso de água, de entulho, na cisterna de captação de água, pois o criadouro do mosquito pode estar lá”, finalizou Neves.
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