Pesquisa contratada pela Faciap mostra recuperação do comércio no Paraná pós pandemia

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Pesquisa contratada pela Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap) mostra que após um longo período de instabilidade econômica em função da pandemia de Covid-19, o comércio paranaense começa a dar sinais positivo e planeja ações para consolidar a retomada com maior força do mercado.

Dos 385 comerciantes ouvidos, entre os dias 3 e 8 de setembro, nas cidades de Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel, Guarapuava, Ponta Grossa e Francisco Beltrão, 31% expandiram seus negócios durante a pandemia. As duas cidades que se destacaram foram Cascavel, onde 54,5% promoveram avanços e Ponta Grossa, em que o número foi de 45,1%. Em Curitiba, o percentual chegou a 30,2%.

Em relação aos indicadores econômicos, 23% das empresas faturaram entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão. A maioria dos empreendimentos com maior faturamento está em Curitiba (66,2%). Além disso, a consolidação de uma retomada é evidente, já que 70% das empresas do varejo estão com o mesmo número de funcionários que possuíam antes da pandemia.

Outro número significativo de acordo com a pesquisa, é que, ainda neste ano, 37% das empresas ampliarão seus quadros de funcionários. A necessidade de inovar foi um marco desse período. Com as mudanças impostas pela pandemia, os empresários tiveram que buscar alternativas para manter suas vendas e o comércio online foi o caminho mais utilizado: 80% implantaram pagamento via pix ou por outros meios digitais; 73,3% passaram apostar na divulgação em redes sociais; 48,9% implantaram serviço de entrega.
Apesar da mudança para o home office por parte das empresas, no comércio apenas 30,5% saíram do modelo de trabalho presencial para remoto ou híbrido.

“O comércio tem algumas peculiaridades e nem todos os trabalhadores puderam trabalhar em casa. Pela natureza do setor, foi a mudança que menos ocorreu”, afirma Fernando Moraes, presidente da Faciap. Também é importante destacar a mudança no modo de venda, por conta dos diversos decretos que impediram os comércios de funcionar. Dos entrevistados, 69,4% ainda apostam em meios tradicionais como o telefone, entretanto, 69,1% passaram a vender pelo WhatsApp; enquanto 50% por e-mail. Já o modo de divulgação, quando segmentado, mostra que 84,2% começaram a utilizar o WhatsApp; 77,4% o Facebook e 70,9% o Instagram.

Expansão dos negócios
Com o avanço da vacinação e incertezas econômicas ficando para trás, comerciantes demonstram o desejo de expandir seus negócios. Entre os entrevistados, 62% pretendem ampliá-los de alguma forma. Destes, 29% vão aumentar o estoque ou leque de serviços; 22% pretendem reformar estruturas e abrir nova unidade e 11% pretendem ampliar o número de funcionários.

Linhas de crédito
Só que para viabilizar essas ações, empresários fazem um apelo para que o poder público e órgãos competentes tomem providências em prol do setor. Cerca de 43% pedem linhas de crédito facilitadas, 37% reivindicam auxílio com impostos através de reduções ou parcelamentos e 36% solicitam a revisão das regras de distanciamento social.

“Temos uma grande fatia de empresários que, apesar de estarem cautelosos nas contratações, vão ampliar os seus negócios. Mas para isso, é preciso que sejam criadas linhas de crédito facilitadas, impostos diferenciados, e principalmente, a revisão nas regras de distanciamento social, levando-se em conta o avanço da vacinação”, enfatiza Fernando.
A pesquisa foi realizada pela empresa Solucz – Soluções Inteligentes e a margem de erro é de 5%.

Saiba mais sobre a pesquisa aqui.


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