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Por Dani Mendes
Perdi as contas de quantos cadernos e blocos de anotações eu preenchi ao longo de 17 anos na TV. Foram anos produzindo conteúdo e notícias a partir das histórias que eu escutava. Ao final do dia, estava cercada de anotações, mas feliz porque eu tinha uma certeza: a escuta me ajudava a decidir as melhores reportagens, os trechos mais impactantes das histórias e a compreender as nuances de cada narrativa. Foi ali que aprendi que comunicar-se bem não é apenas falar, mas principalmente saber ouvir.
Em um mundo onde a atenção está fragmentada entre notificações, telas e distrações constantes, ouvir de verdade se tornou um desafio. A escuta ativa, aquela que vai além de simplesmente esperar a vez de falar, é uma habilidade essencial para construir conexões reais e melhorar a comunicação.
A apresentadora de TV Oprah Winfrey é um exemplo notável de grande ouvinte. Seu sucesso não vem apenas da sua capacidade de falar bem, mas da sua habilidade de escutar profundamente. Ela não apenas faz perguntas; ela acolhe as respostas com genuíno interesse, sem pressa de concluir o raciocínio por seus entrevistados. Seu olhar atento e sua postura empática demonstram que ela está totalmente presente. E isso faz toda a diferença.
E você, como tem se comportado na hora de ouvir?
A escuta ativa exige presença.
Escutar verdadeiramente é olhar nos olhos, demonstrar interesse e evitar interrupções. Isso acontece mais facilmente quando não estamos agitados, ansiosos, preocupados com os próximos compromissos e tarefas.
Quantas vezes você tem ouvido de verdade?
Você é daqueles que interrompe as pessoas no meio da frase ou realmente deixa o outro concluir seus pensamentos?
Enquanto conversa, suas notificações das redes sociais e do WhatsApp continuam ativadas, desviando sua atenção? E com isso, você olha para o celular enquanto finge ouvir.
E enquanto o outro responde, você está prestando atenção ao que ele diz ou já está formulando sua próxima resposta, ansioso para falar?
Além de presentes, para escutar de forma ativa, precisamos silenciar a mente.
Silencie, escute e gere conexões verdadeiras!
Os benefícios de ser um bom ouvinte são inegáveis: construção de relações mais sinceras, melhora no entendimento das necessidades alheias e maior assertividade na comunicação.
A boa comunicação não acontece sem a escuta ativa.
Hoje, escolha silenciar mais, ouvir com intenção e criar conexões verdadeiras. Afinal de contas, as palavras mais poderosas nascem no silêncio.
Mentora de Comunicação Profissional e para Negócios
Jornalista, Escritora e Palestrante
Instagram e Linkedin: @danimendesmentora
Youtube: @ousecomunicardanimendes
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