Nova vacina contra a dengue: quem pode se beneficiar e informações cruciais

Denominada “QDenga”, esta vacina pode ser administrada em um público mais amplo, abrangendo indivíduos com idades entre 4 e 60 anos.

  • Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu o aval para uma nova vacina contra a dengue, tornando-a a segunda a ser registrada no Brasil. Denominada QDenga, esta vacina apresenta um diferencial significativo: pode ser administrada em um público mais amplo, abrangendo indivíduos com idades entre 4 e 60 anos. Em clínicas particulares, a vacina está disponível para idosos, desde que haja uma prescrição médica.

    Desenvolvida pela empresa farmacêutica japonesa Takeda, a QDenga demonstrou uma eficácia geral de 80,2%, trazendo novas esperanças para o combate à dengue. Em janeiro de 2024, foram registrados mais de 217 mil casos, segundo dados do Ministério da Saúde – mais que o triplo das notificações do mesmo período do ano passado.

    Quem não pode tomar a nova vacina? 

    A QDenga é contraindicada para pessoas que estão sob tratamento com imunossupressores, geralmente indivíduos com doenças autoimunes que utilizam medicamentos para diminuir a atividade do sistema imunológico.

    Efeitos colaterais da vacina? 

    Quanto aos efeitos colaterais, alguns foram observados após a aplicação da vacina, incluindo:

    -Dor e vermelhidão no local da injeção;
    -Dor de cabeça;
    -Mal-estar, fraqueza e febre.

    Dengue: o que pacientes com insuficiência cardíaca precisam saber? 

    Pacientes com insuficiência cardíaca devem estar particularmente atentos à ameaça da dengue.

    Muitos desses pacientes fazem uso de anticoagulantes e antiagregantes plaquetários para prevenir a formação de coágulos sanguíneos. No entanto, a dengue pode interferir no processo de coagulação sanguínea, aumentando o risco de hemorragias graves em pacientes que já estão sob esses medicamentos.

    Portanto, a prevenção continua sendo o melhor remédio: usar repelente, evitar focos da dengue e ficar atento se tomar a vacina pode ser uma alternativa viável para o seu caso.

    Ao sentir qualquer sintoma suspeito, é crucial buscar imediatamente a assistência médica adequada.

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    Dr. Marcelo Puzzi – @drmarcelopuzzi
    Médico cardiologista e hemodinamicista, especializado em procedimentos minimamente invasivos.

    Foto: José Cruz/Agência Brasil/Arquivo

    Marcelo Puzzi

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