OPINIÃO – Dada a largada pela possível vaga do Senado no Paraná a ser aberta em caso de cassação de Sérgio Moro

Ricardo Barros, Gleisi Hoffmann e Paulo Martins despontam na eventual disputa para o Senado no Paraná, mas correm por fora outros nomes conhecidos dos maringaenses.

  • Ricardo Barros, Gleisi Hoffmann e Paulo Martins despontam na eventual disputa para o Senado no Paraná, mas correm por fora outros nomes conhecidos dos maringaenses

    Por Wilame Prado*

    MORO EM APUROS
    Ministro do STF, Dias Toffoli determinou abertura de inquérito contra o senador e ex-juiz Sérgio Moro. A investigação por supostos crimes cometidos em tempos de Lava-Jato pelo maringaense também será analisada pelo novo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. Uma força-tarefa sobre o caso está em andamento na Polícia Federal, após ilegalidades apresentadas pelo CNJ.

    EX JUIZ E EX-SENADOR?
    Moro nega irregularidades e disse sempre ter agido com correção e com base na lei para combater o crime. Moro corre risco, ainda neste semestre, de ter o cargo de senador cassado.

    RICARDO BARROS DEU A LARGADA
    Colado em Rafael Greca – o popular prefeito de Curitiba -, o secretário de Estado da Indústria, Comércio e Serviço, Ricardo Barros, deu a largada para uma eventual vaga no Senado fazendo aquilo que sempre gostou na política: bater perna. Aproximar-se de Greca também é importante para garantir a deputada estadual Maria Victoria, filha de Barros, como candidata à prefeita ou à vice-prefeita de Curitiba nas Eleições 2024.

    PP COLADO NO PSD
    Ricardo Barros cumpriu, durante a semana, extensa agenda na capital do Estado. E anunciou que visitará novamente os 399 municípios paranaenses em uma reedição da Caravana Progressista. Com esses movimentos, “o secretário do Governo Ratinho Jr investe no fortalecimento da aliança PSD – Progressistas”, informa a assessoria de Comunicação de Ricardo Barros.

    PAULO MARTINS PARADÃO
    O voto da direita paranaense será disputado a tapas. De um lado, o ex-líder do Governo Bolsonaro Ricardo Barros. Do outro, Paulo Martins (PL), do partido do presidente, e o segundo mais votado para o Senado em 2022, com impressionantes 1,6 milhão de votos. Pelo menos nas redes sociais, porém, o jovem político segue no mesmo batidão de sempre: ataques ininterruptos ao Governo Lula e à esquerda.

    OUTROS CAMINHOS LIBERAIS
    Bolsonaro e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, andam se estranhando. Mas se chegarem a um acordo, outro nome do partido corre por fora: trata-se do deputado federal Fernando Giacobbo. Ele é diretor de Orçamento da Frente Parlamentar da Agropecuária e tem atuação municipalista, fator crucial para a somatória de votos no extenso Paranazão velho de guerra.

    2026 É LOGO ALI
    Todos encaram a possível vaga no Senado a ser aberta com o tombo de Moro como uma antecipação da corrida eleitoral de 2026, quando o Paraná terá mais 2 cadeiras para senadores ou senadoras. Portanto, qualquer esforço partidário é válido. Pensa assim o PT, que tem pela frente um Estado mais “de direita”, mas com a velha e boa margem de sempre que nomes petistas conquistam nas urnas eleição após eleição.

    EXPERIÊNCIA NO CURRÍCULO
    A presidente do PT nacional, a deputada federal paranaense Gleisi Hoffmann, deverá ser o nome petista na disputa pelo Senado. Em pesquisas recentes, surpreendeu com bons índices e poderá explorar, durante a campanha, a experiência no currículo: após 3,1 milhões de votos em 2010, ela exerceu por 8 anos o mandato de senadora do Paraná.

    ELEIÇÕES DOS MILHÕES
    Ricardo Barros também disputou aquela eleição de 2010, e ficou em quarto lugar, com 2,1 milhões de votos. Naquela corrida para o Senado, também saíram derrotados Roberto Requião (2,6 milhões de votos) e Gustavo Fruet (2,5 milhões de votos).

    VOLTANDO A 2024…
    O partido Republicanos quer entrar na jogada, e dois nomes são ventilados até o momento: o milionário empresário e ex-deputado federal Marcelo Almeida (presidente da sigla) e o maringaense Homero Marchese, que, no entanto, anda namorando o Partido Novo e pensando em coisas mais palpáveis: uma inédita candidatura do Novo para o cargo de prefeito de Maringá.

    CANDIDATAS DO NOVO
    O Partido Novo poderá definir também uma candidata ao Senado. Nomes fortes até o momento é o da vereadora de Curitiba Indiara Barbosa e Fernanda Dallagnol, esposa de Dalton Dallagnol.

    KINDER OVO
    Jovem e fiel escudeiro de Ratinho Jr., Guto Silva ressurge no cenário político paranaense como um bom nome para a disputa do Senado. Ex-PP, ele atualmente exerce o cargo de secretário de Estado do Planejamento e Projetos Estruturantes. Três partidos já convidaram Guto Silva para disputar o Senado. Nada a perder, pois fortaleceria o nome para as disputas que virão em 2026.

    ÚLTIMA
    Alvaro Dias, ex-senador do Paraná, ficou decepcionado com o resultado nas urnas e com a derrota para Sérgio Moro em 2022. Amigos tentam convecê-lo de que poderia ser também um nome forte para uma eventual nova disputa, mas ele não esboçou qualquer interesse de voltar para o front eleitoral.

    *Wilame Prado atua como repórter e colunista do Maringá Post e editor na RIC Record TV Maringá. No site wilameprado.com, escreve crônicas, contos, reportagens e artigos de opinião.

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