Foto: Reprodução / Freepik
Apesar da inflação no mês de dezembro de 2023 ter sido maior do que a de dezembro de 2022, o acumulado do ano apresentou representativa queda. A diferença fica ainda maior quando se analisa o indicador nas menores faixas de renda.
A queda da inflação foi mais acentuada para a população com renda domiciliar mensal inferior a R$ 2.015,18. Em 2022, a inflação para essa população foi de 6,4%, já em 2023 esse indicador atingiu 3,3% (redução de 3,1 pontos percentuais). Para a maior faixa de renda, àquela superior a R$ 20.151,76, por domicílio, por mês, a redução foi de 6,8% em 2022, para 6,2% em 2023 (0,6 pontos percentuais). No geral a redução foi de 5,8% para 4,6% (1,2 pontos percentuais).
Essa melhora no índice inflacionário para as famílias de menor renda foi puxada pelos artigos de limpeza, vestuário e higiene pessoal (-0,10%, 0,70% e 0,19%), que ficaram bem abaixo das observadas no mesmo período de 2022 (1,3%, 1,5% e 3,7%). Em relação às faixas de renda mais elevadas, um item que mostrou significativa alta da inflação foi o das passagens aérea, com crescimento de 8,9%, além de uma redução menos expressiva dos combustíveis.
Ao observar diretamente a variação dos preços, a população com menor renda foi favorecida pela redução dos preços da carne (-9,4%), das aves e ovos (-6,8%) e dos leites e derivados (-3,0%). Já para os com maior renda, os preços aumentaram para alimentação fora de casa (5,3%), passagens aéreas (47,2%), gasolina (12,1%) e planos de saúde (11,5%).
Os dados são da Carta de Conjuntura nº 62 do IPEA e podem ser acessados no site do instituto https://www.ipea.gov.br/cartadeconjuntura/index.php/category/indicadores-ipea/.
Prof. Vitor Koki da Costa Nogami
Departamento de Administração – DAD
Universidade Estadual de Maringá – UEM
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