Tendo como foco principal, a discussão sobre a taxa de juros impostas pelo Banco Central brasileiro, via SELIC, as expectativas positivas sobre o desempenho geral da economia oscilam, mas demonstram um entusiasmo de que os negócios haverão de deslanchar.
O primeiro semestre fechou com a SELIC em 13,75% enquanto o governo do Brasil se decepciona entendendo que está taxa já deveria estar em torno de 8%. No entanto a redução da demanda por bens diversos, contribuiu para a redução da inflação, deixando-a abaixo do projetado, o que é bom e provocando uma estabilidade na moeda de referência internacional, o dólar, na casa do R$ 5,00. Dados do IBGE, mostras que o resumo desse quadro, gera entusiasmo político e reservas dentro dos aspectos técnicos, já que, se por um lado a taxa de desemprego real está em 8,8%, não se pode esquecer que ao final de 2022, era de 7,9%.
A previsão é de que em agosto, o Banco Central indique um processo, ainda que lento, da redução da SELIC, na base do “conta gotas”, tipo 0,5% a cada reunião! Se é uma medida cautelar técnica ou uma ação política, não se sabe ao certo. A realidade, no entanto, leva a um certo grau de preocupação. O governo divulga seguidamente um fluxo de informações positivas, mas, a demanda continua reprimida.
Nessa onda de dados, trago uma certeza de que o seguimento imobiliário está às vésperas de conseguir voltar a tumultuar um acumulado de lançamentos tendo em vista a junção dos mesmos para com as medidas econômicas adotadas até o momento.
Com a chegada do segundo semestre, teremos um aumento na velocidade do aquecimento de nosso mercado pois, as notícias que envolvem taxas de juros, reanálise de crédito, abertura de fidelidades bancárias e, um projeto que embasa ao todo uma alta na base da pirâmide de valores imobiliários jogando em média um salto de 20% no valor dos imóveis, temos uma receita perfeita que nos remete a 2009-2012 – momento de lançamento do programa Minha Casa Minha Vida que mexeu muito com as bases imobiliárias ao ponto de faltar velocidade na produção da construção civil para atender a demanda que teve acesso a tamanho crédito.
Não podemos neste momento confundir otimismo e interesse político com desempenho da economia. A oferta de crédito desacelerou no primeiro semestre onde, por lógica de um novo governo, tem que se realinhar a conduta política pelo mesmo imposta. Temos preocupação com a situação atual? Claro que sim. Mas o cheiro do movimento até aqui visto, nos traz boas lembranças de um momento histórico em nossos mercado. Aguardemos.
Imagem: Freepik / Foto criada por @wirestock
Comentários estão fechados.