Novo Minha Casa, Minha Vida: o problema atual é juros ou análise de crédito?

Descubra os impactos econômicos do programa Minha Casa, Minha Vida e os desafios atuais para a economia brasileira. Juros ou análise de crédito: qual é o atual problema?

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    Por Allan Cardoso

    Criado em 2009, o MCMV, tinha como meta facilitar o acesso à moradia e desse modo expandir o setor da construção civil, gerando mais receita, empregos e ativando a maior indústria deste país.

    Naquele momento a economia seguia em céu de brigadeiro, com crescimento de 6.1% em 2007 e 5.1% em 2008. Com essa base solidificada pela expansão da economia, financiar a moradia aos mais carentes parecia ser social e politicamente uma grande e sábia decisão.

    Cabe salientar que até essa data, os recursos disponíveis para os financiamentos imobiliários, visava atender em maior empenho as consideradas classes A e B.

    A meta inicial foi estabelecida a base de 1 milhão de moradias populares ao custo, a época de R$ 34 bilhões em empréstimos e incorporando subsídios da ordem de R$ 60,8 bilhões, (valores esses corrigidos pela inflação até os anos finais de sua existência).

    Entre a troca de nomes de MINHA CASA MINHA VIDA para MINHA CASA VERDE E AMARELA e, neste momento de 2023 retornando para um novo lançamento do MINHA CASA MINHA VIDA em 07/07/2023, tem-se comercializadas 5,7 milhões de unidades, sendo que, destas 4,3 milhões foram entregues e, o saldo, se mantém em construção. Na economia até o momento temos incrementados R$ 105,6 bilhões em tributos diretos e outros R$ 57,8 indiretos.

    E porque escrevo sobre isto nesta semana? Porque precisamos novamente ter atrativos para fomentação da indústria da construção civil que neste momento de país tem apenas mais 10 meses de estoque em imóveis se hoje parassem os lançamentos – isto é um número pífio para um país considerado continental. Temos um COPOM extremamente conservador – e sim – com razão para um governo sem limites de gastos, mas que, se somados ambas instituições, temos uma seara de cadeias de comércio imensamente prejudicados pelo gargalo financeiro aplicado em elevadas taxas de juros e, uma régua de aprovação de crédito que não condiz com a receita financeira de 70% da população brasileira.

    Torço para que a partir da próxima semana, consiga empreender em notícias que novamente fortaleçam nosso mercado, com taxas de juros dignas e, análise de crédito justa.

     

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