Os índices de inflação mais utilizados no Brasil são o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) e o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção).
No primeiro trimestre de 2023, o IPCA acumulou alta de 2,05%, segundo dados divulgados pelo IBGE em abril. O IPCA é o índice oficial de inflação no Brasil e mede a variação de preços de um conjunto de produtos e serviços consumidos pelas famílias com renda entre 1 e 40 salários mínimos.
Já o IGP-M acumulou alta de 4,10% no mesmo período, de acordo com dados divulgados pela FGV. O IGP-M é um indicador que mede a variação de preços de um conjunto de bens e serviços que compõem a cadeia produtiva da economia, incluindo matérias-primas agrícolas e industriais, produtos intermediários e bens finais. Ele é muito utilizado como referência para a correção de valores de contratos e aluguéis.
Por fim, o INCC acumulou alta de 1,55% no primeiro trimestre de 2023, segundo dados divulgados pela FGV. O INCC mede a variação de preços de materiais de construção e mão de obra utilizados em obras habitacionais e é muito utilizado para a correção de valores de contratos de construção civil.
Em resumo, no primeiro trimestre de 2023, o IPCA teve uma inflação moderada, enquanto o IGP-M e o INCC tiveram altas mais expressivas. Cada um desses índices é importante para medir a inflação em diferentes segmentos da economia e é utilizado para diferentes finalidades, como a correção de valores de contratos e aluguéis.
O mercado imobiliário no Brasil teve uma evolução positiva no primeiro trimestre de 2023, com aumento nos preços dos imóveis em diversas cidades do país. Consequentemente, houve recorde de vendas em todos os segmentos do mercado: baixo, médio e alto padrão.
Em contrapartida, observou-se uma queda de lançamentos imobiliários em todas as categorias de mercado, devido ao plano econômico travado do atual governo e ao aumento das taxas de juros por parte dos agentes financeiros, que buscam segurança diante da incerteza do futuro.
A análise de índices nos mostra uma estabilidade após os desafios causados pela pandemia de COVID-19, em que o mundo todo se reinventou. Por um lado, essa estabilidade nos garante uma compra com tranquilidade dos ativos vinculados a contratos e, por outro lado, neste momento, as taxas de juros começam a soar preocupantes.
De acordo com o Índice FipeZap, que acompanha a variação de preços de imóveis residenciais anunciados para a venda em 50 cidades brasileiras, houve um aumento nominal de 3,44% nos preços no primeiro trimestre de 2023 em comparação ao trimestre anterior. No acumulado dos últimos 12 meses, a alta nominal foi de 13,04%. Os imóveis anunciados para locação tiveram uma correção de até 30%, levando em conta o avanço de custos econômicos e a proteção do investidor, que busca corrigir seus valores mensais de rentabilidade.
Em conclusão, com a locação em alta, valorização imobiliária em alta, aumento de vendas e diminuição de lançamentos, o mercado imobiliário brasileiro se encontra em uma rota de ascensão abundante de valorização. O espaço que a indústria da construção civil criará entre os lançamentos e as entregas refletirá nos imóveis prontos para alugar ou vender, contribuindo para a tendência de crescimento do setor.
Foto: Freepik
Comentários estão fechados.