Você sabia que o coração é capaz de “conversar” com o nosso cérebro?
Ao longo dos últimos anos, cientistas de todo o mundo vêm estudando essa relação, na tentativa de entender de forma mais aprofundada a conexão entre esses dois órgãos. Hoje, sabemos que a comunicação entre ambos ocorre de forma dinâmica, contínua e recíproca, de modo que os dois órgãos exercem influência um sobre o outro, possuindo um relação de codependência, ou seja, quando um adoece ou apresenta falhas, o outro também pode ser afetado.
Descobertas recentes indicam também que o coração, além de bombear o sangue e contribuir para que haja o pleno funcionamento do nosso corpo, exerce a função de enviar informações e estímulos, de forma constante, ativando ou inibindo diversas áreas cerebrais, de acordo com as necessidades do organismo. De forma resumida, é como se o coração pudesse sentir, pensar e tomar decisões.
Esta inter-relação deu origem a neurocardiologia, área que estuda os aspectos neurofisiológicos, neurológicos e neuroanatômicos da cardiologia, especialmente as origens neurológicas dos distúrbios cardíacos. Atualmente, sabemos que erros de comunicação entre o cérebro e o coração podem resultar em doenças cardíacas, como problemas no suprimento sanguíneo, morte súbita e infartos.
Um exemplo prático, são indivíduos que sofrem de ansiedade, os quais são frequentemente orientados a respirar com calma durante suas crises. Essa respiração lenta e controlada ajuda a diminuir os batimentos cardíacos, fazendo com que a pessoa se acalme. O cérebro envia um estímulo e o coração reage, sendo este capaz de se reorganizar através de outros estímulos, ajudando o cérebro a inibir emoções — seja de forma voluntária ou não.
Por fim, gostaria de ressaltar que, no mundo contemporâneo, estamos sujeitos a estímulos estressores a todo momento, os quais podem gerar uma série de problemas, como raiva, estresse excessivo, a própria ansiedade, entre outros, sendo que essas são condições pode provocar consequências em todo o nosso corpo, especialmente no coração.
Logo, precisamos cuidar do nosso emocional e estar atentos às respostas que temos a situações exteriores, adotando condutas de autocuidado físico e emocional, como por exemplo:
- Perceber que não vale a pena se irritar com tudo que acontece ao nosso redor;
- Buscar acalmar o nosso corpo por meio de práticas relaxantes, como por exemplo a meditação;
- Manter uma alimentação saudável;
- Praticar atividades físicas regularmente;
- Ter momentos prazerosos de lazer;
- Visitar regularmente um cardiologista e um neurologista para realizar check-ups preventivos.
O cérebro e o coração são órgãos que estão intimamente conectados e cuidar bem deles não garante apenas uma boa saúde e um estado de bem-estar físico e mental, como também contribui para que possamos aproveitrar nossa longevidade com qualidade de vida.
Foto ilustrativa: Canva
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