A demissão é um dos processos com maior carga emocional envolvida em uma empresa e pode representar um dos maiores desafios na carreira de um CEO.
Google, Microsoft, Amazon, Dell. O que essas empresas têm em comum além de serem grandes em seus mercados? Nos últimos meses, elas anunciaram demissões em massa,
Durante as semanas passadas o assunto voltou à tona. O próprio Nubank anunciou o fechamento de um departamento inteiro e a demissão de 40 funcionários.
O movimento de demissão em massa não é nenhuma novidade, principalmente na área das Big Techs, como acompanhamos no final de 2022 e no início de 2023. Dentro desse movimento, você deve ter visto o termo “layoff” ser associado às demissões em massa.
Layoff e demissão em massa são sinônimos?
O termo traduzido, ao pé da letra, é “demitir”. Por isso, foi associado ao movimento de grandes desligamentos.
O que diz a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) sobre a demissão em massa? Após a reforma trabalhista realizada em 2017, o artigo 477-A foi incluído nas leis. O artigo diz:
“As dispensas imotivadas individuais, plúrimas ou coletivas equiparam-se para todos os fins, não havendo necessidade de autorização prévia de entidade sindical ou de celebração de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho para sua efetivação.”
O empregador, portanto, pode realizar a demissão em massa sem a autorização prévia do sindicato. O funcionário desligado no período de demissão em massa tem os mesmos direitos que um desligamento individual:
– saldo de salário;
– férias ainda não usufruídas ou proporcionais;
– 13º proporcional;
– aviso-prévio;
– indenização referente a 40% do FGTS;
– liberação para saque do FGTS e recebimento do seguro-desemprego.
Já para as empresas, esse pode ser um momento difícil de superar. Em 2020, vários empregadores dos EUA recorreram a demissões em massa em meio a uma queda drástica na demanda durante os estágios iniciais da pandemia do COVID-19, pois restrições e temores de contágio interromperam viagens, fecharam restaurantes e desativaram muitos outros setores de serviços.
Nesse contexto, precisamos entender o que pode levar uma empresa a optar por realizar uma demissão em massa:
1 – Redução de custos: como no exemplo citado acima, muitas empresas passaram por dificuldades durante a pandemia e precisaram recorrer a demissão em massa para cortar custos, uma vez que não lucros suficientes para cobrir suas despesas.
2 – Redundâncias de profissionais: as demissões em massa podem ocorrer quando uma empresa precisa eliminar alguns cargos devido a excesso de pessoal, eliminando cargos redundantes para tornar suas operações mais eficientes.
3 – Realocação: Caso as operações da empresa mudem de uma para outra também pode acarretar a necessidade de dispensar alguns trabalhadores. Como podemos observar que foi o caso do Nubank que precisou fechar um setor para realizar um ajuste operacional.
4 – Fusão ou aquisição: Se uma empresa for comprada ou decidir se fundir com outra, a mudança pode levar a uma mudança na liderança da empresa e na direção corporativa, e isso pode levar a demissões.
Nesse caso, a nova administração poderá examinar:
– Posição;
– Desempenho;
– Tempo de permanência de cada funcionário na empresa.
E assim decidir quem será demitido.
A maneira como uma empresa lida com a demissão em massa pode ter um grande impacto em seu sucesso futuro.
O processo precisa ser planejado para minimizar os danos e garantir que os funcionários demitidos não saiam “falando mal” da empresa (prejudicando a sua marca empregadora no mercado) e que os funcionários que sobrevivem à demissão permaneçam focados no objetivo e no futuro da empresa.
Reconheça que essa ação será dolorosa, para você empregador e para seus funcionários. Esse é o momento de ser racional, permanecer objetivo e planejar cuidadosamente o layoff. Seja franco com os colaboradores demitidos, mostre-os que essa não é uma decisão precipitada, mas sim que é a única alternativa da organização.
Além disso, você também deve considerar quais talentos, habilidades e experiências serão necessários no futuro e como as pessoas que permanecem se conectam aos planos de sucessão.
Arregaçamos as mangas diante adversidades, mirando na linha de chegada
No contexto de uma nova sociedade cada vez mais inovadora e competitiva, as empresas que sobrevivem são aquelas que demonstram sua capacidade de respostas às constantes modificações do mercado.
Em um momento de crise, ou de dificuldade como realizar um desligamento em massa, o RH tem papel essencial em tornar esse processo menos traumático e mais confortável.
O principal objetivo da Trianon RH e Negócios é humanizar, desenvolver resultados positivos para empresas e profissionais. Sempre miramos na linha de chegada, para os nossos resultados e de nossos clientes.
A sua empresa está preparada para as mudanças do mercado? Conte conosco, oferecemos um serviço customizado de acordo com as características e necessidades dos clientes.
Imagem: Freepik
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