Mulheres no E-sports – A gameplay da inclusão

No Brasil, 51,1% dos gamers são mulheres. Ainda assim, muitas delas se sentem excluídas. Vamos falar sobre inclusão feminina nos jogos!

  • Foto: EasterGeeks

    Vida Longa e próspera!

    Eae galera do meu coração, como hoje (29/08) é o Dia do Gamer, vamos falar sobre a realidade do e-sports no nosso país e a diária batalha pela inclusão feminina no cenário.

    Foi feita uma pesquisa pela Pesquisa Game Brasil (PGB), e foi constatado que 51,1% dos gamers brasileiros são mulheres, nos smartphones, elas são a grande maioria: 62,2% do público é feminino.

    Mas se as mulheres são a maioria dos gamers hoje, por que vamos falar de inclusão feminina nesse cenário? Por dois motivos: Primeiro Motivo – embora o publico feminino hoje represente a maioria no universo gamer, ainda é muito pequeno quando olhamos para o cenário competitivo, isso se deve tanto pelo fato de que falta engajamento da comunidade gamer e incentivo das empresas de games para essa inclusão feminina, o que felizmente está melhorando!

    Segundo motivo é o machismo, ainda impregnado nesse mundo, a grande maioria das mulheres enfrenta uma barreira chamada machismo, muitas preferindo, inclusive, ficarem mutadas nas partidas para não precisarem ouvir comentários desagradáveis.

    Eu amo um joguinho online, joguei por muitos anos Lineage II, Ragnarok, CS, amava jogar um Dotinha com a minha amada @bu_hh, e hoje, no dia do Gamer, chamei uma amiga que me carrega pra caramba no Valorant, a @larismarino para falar um pouquinho sobre essa batalha pela inclusão feminina no e-sport.

    1) Há quanto tempo você joga, e quais seus jogos prediletos?

    Eu jogo desde bem criança, com 6 anos já jogava videogame em casa com meus pais, eles foram uma forte influência pra mim gostar de jogos e com a adolescência eu tive um computador e migrei pros jogos on-line. Já joguei diversos jogos, comecei com The Sims que eu amo, mas os meus preferidos são os fps (jogos de tiro) e eu sempre quero experimentar um jogo novo, então tô sempre jogando algum jogo com os amigos.

    2) como você vê hoje a representação feminina nos games?

    Antigamente era bem complica a inserção de meninas em jogos, muitas vezes não tinham times femininos no competitivo dos jogos e era bem difícil conquistar um espaço e respeito, mas hoje em dia mudou muito, pois assim que sai um jogo novo as próprias organizações se preocupam em ter um time feminino para representar o cenário, além de abrir oportunidades das meninas se destacarem também em stream, sendo apresentadoras, comentaristas, eu particularmente conheço várias e acompanho e fico bem feliz com isso!

    3) Sabemos que as mulheres sofrem ofensas, abusos e preconceito no universo gamer, você já passou por alguma dessas experiências horríveis?

    Infelizmente sim, acho que toda menina já deve ter passado por essas situações, se você joga bem ou mal vai ter um que vão te criticar pelo simples fato de você ser menina, pra não estar ali jogando, que seu lugar não no computador e coisas do tipo. O machismo ele não existe somente no mundo real/físico mas também nos jogos, quando um cara dúvida do seu potencial por ser menina ou te ofende por esse mesmo motivo.

    4) Um recado para as mulheres gamers?

    Meninas, vamos dominar o cenário! Haha!

    Se você curte jogar, chama a galera não tenho receio, hoje em dia tem muuuuitas meninas que jogam e com certeza você vai ter uma parceira pra jogar junto. E se quer melhorar seu game, tem várias meninas que estão no competitivo e muitas deles fazem stream é super legal acompanhar e aprender com elas!

    Essa foi a grande Lari, que dá muita bala nos FPS! Quer conhecer mais um pouco do trabalho dela? Segue ela nas redes sociais e da uma olhadinha na Twitch dela, com certeza você vai virar fã!

    Como a Lari mesmo disse, ainda bem que esse preconceito aos poucos está caindo por terra, hoje em dia diversas empresas já estão apostando nos times femininos, como é o caso da Riot no jogo VALORANT pela Game Changers, que é uma iniciativa da produtora para dar mais oportunidades no VALORANT para as mulheres, inclusive, a Riot também apoia 10 campeonatos independentes, exclusivo para equipes femininas, entre eles a Rivals Women’s Cup.

    Podemos ver diversos times profissionais já no cenário competitivo de e-sports como: Valkirias E-sports, Sakuras E-sports, INTZ Angels e tantas outras equipes. Ainda, cada vez, mais as mulheres estão mostrando que podem.

    Podemos ver diversas grandes jogadoras como é o caso da Sasha Hostyn “Scarlett”, jogadora de Star Craft, com diversos prêmios no seu currículo é detentora do título de jogadora mais bem paga do mundo com mais de U$300k de premiações.

    Além disso tem-se diversas influencers gamers que estão bombando no cenário, como a Nyvi Estephan, (@nyviestephan), apresentadora do CBLOL, eleita a maior apresentadora de e-sports da américa latina e já é embaixadora da DELL, inclusive a primeira embaixadora de marca do multiverso!

    Gente, parabéns a todos nós, Nerds, que amam um joguinho e que amam esse esporte. Em especial, parabéns para todas as mulheres que mesmo na maioria das vezes sofrendo abusos e palavras horríveis, continuam dando um show.

    Por um e-sports sem preconceitos, uma comunidade mais unida e divertida. Afinal, educação é bom e todo mundo gosta!

    Feliz Dia do Gamer e…

    Que a força esteja com vocês!

    Comentários estão fechados.