Imagem: Rubbo Fotografia / Lígia Boeza
Por Vitor Nogami
Você sabe o que é Consumerismo? Talvez, você possa pensar que seja o mesmo que consumismo. Mas, é o oposto disto. Se consumismo é o termo utilizado para expressar o consumo exagerado, irresponsável e desenfreado, o consumerismo é o termo utilizado para expressar o consumo consciente, responsável e sustentável. No Brasil a expressão ‘consumo consciente’ ganhou mais espaço, e é o mais utilizado hoje.
Em um passado não tão distante, as práticas do consumo consciente envolviam:
- Apagar a luz quando sair do cômodo;
- Fechar a torneira enquanto escova os dente;
- Usar folhas de rascunho;
- Separar o lixo reciclável;
- Não lavar o quinta com mangueira e água corrente;
- Não fazer compra por impulso;
- Não desperdiçar alimentos.
Hoje, sendo otimista, podemos considerar que evoluímos. Assim, as práticas de consumo consciente passaram a ser:
- Ler atentamente o rótulo dos produtos;
- Utilizar placas de energia solar;
- Andar com o próprio copo ou canudo para não usar os de plástico;
- Não comprar qualquer produto que danifique o meio ambiente;
- Boicotar empresas que prejudicam o meio ambiente;
- Compartilhar produtos que são pouco utilizados.
O último item que gostaria de destacar. Há alguns anos esta prática do ‘consumo colaborativo ganhou força, principalmente, depois do livro ‘O Que É Meu É Seu: Como o Consumo Colaborativo Vai Mudar o Nosso Mundo’ de Rachel Botsman e Roo Rogers.
Uma combinação de (1) impactos da crise imobiliária/econômica nos EUA que reduziu a capacidade de compra dos consumidores, (2) popularização de smartphones e aplicativos de uso colaborativo e intuitivos para o usuário, (3) maiores preocupações com o consumo sustentável e meio ambiente, e (4) o incentivo à cultura do compartilhamento, contribuíram para esta corrente do consumo colaborativo.
Podemos observar alguns modelos de negócios que resultaram deste movimento. Aplicativo para compartilhamento de caronas, aluguel de bicicletas e patinetes elétricos, compartilhamento do uso de produtos domésticos como furadeira ou cortador de grama, e aluguel de roupas casuais.
Sobre este último exemplo de modelo de negócio, teremos no dia 06 de agosto em Maringá a inauguração do Closet Club – Aluguel de Roupas Casuais e Acessórios. A empresa aluga peças avulsas ou fecha pacotes mensais para as clientes aproveitarem todo o guarda-roupa da loja. É um modelo de negócio sustentável que promete diminuir a produção desenfreada de roupas que são pouco utilizadas e promover o consumo de moda sustentável em nossa cidade.
Diversas ocasiões podem originar o aluguel dessa roupas, tais como: realização de ensaio fotográfico, viagem de férias ou de negócios, festas e eventos em geral, período da gestação entre outras.
Prof. Dr. Vitor Nogami
Departamento de Administração – DAD
Universidade Estadual de Maringá – UEM
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