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Por Vitor Nogami
O outsourcing, que pode ser traduzido como terceirização, já foi trend topic em muitas palestras, livros e salas de aula na década de 90 no Brasil. O principal objetivo é terceirizar o trabalho não essencial da empresa para que você possa focar todos os esforços em seu core business. Veja alguns exemplos:
Se você entrar com uma ação no juizado especial contra uma empresa de telefonia, pode receber o contato de uma empresa de ‘soluções jurídicas’ para fazer um acordo. Ela não é um escritório de advocacia, é uma empresa que gerencia acordos para agilizar os trâmites jurídicos e gerar economia para seus clientes. Geralmente, essas empresas são contratadas dos escritórios de advocacia, que são contratadas das grande empresa de telefonia. Neste contexto, a empresa de telefonia ao invés de ter um departamento jurídico para se defender, terceiriza este serviço para um escritório de advocacia. Mas, não para por aí, por ser um caso simples o escritório de advocacia contrata uma empresa de ‘soluções jurídicas’ para fazer o acordo. O escritório tende a ficar com os casos mais complexos. Temos aqui uma terceirização da terceirização, fenômeno também conhecido como quarteirização.
Um supermercado é uma empresa varejista, ou seja, não produz nada, apenas revende o que a indústria fabrica. No entanto, há alguns anos os supermercados têm aplicado a estratégia de ‘private label’ ou ‘white label’ que é terceirizar a produção de uma categoria de produtos e rotular (label) com sua marca, podendo ser a bandeira do próprio supermercado ou criar uma nova marca. A empresa terceiriza a produção, que não é seu negócios principal, para focar no que é especialista, no varejo.
Nos anos de 1970, o modelo toyotista no setor automobilístico foi um famoso caso de sucesso de terceirização. Uma vez que o espaço das fábricas japonesas era restrito, o modelo prezava por terceirizar a produção de grande parte das peças do carro. Assim, a empresa se especializou em montar o carro, por isso o nome de montadora. O modelo fordista, até então o mais tradicional, tinha como padrão a fabricação do carro e boa arte das peças, dentro de grandes fábricas com longas linhas de produção em série.
O mais novo modelo de negócio de terceirização que está ganhando espaço no mercado, muito devido ao boom do e-commerce durante a pandemia, é o modelo fullfilment. Imagine que você tem uma loja física ou uma pequena indústria e não tem experiência nenhuma com e-commerce. A empresa que fornece o serviço de fullfilment pode assumir parte ou todas as tarefas para você vender seus produtos on-line. Criação da plataforma no site, armazenagem dos produtos acabados, separação, empacotamento, gerenciamento da logística e até serviços de atendimento ao cliente e pós-vendas. Esse é o fullfilment, mais um modelo de negócio baseado no outsorcing que está ganhando espaço no mercado.
Se você se interessou pelo negócio, no estado do Paraná existe a Cart Log, em Santa Catarina a Sanco Armazéns e em São Paulo a Estoca.
Prof. Vitor Koki da Costa Nogami
Departamento de Administração - DAD Universidade Estadual de Maringá – UEM [email protected]
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