Mulher: entenda este coração e saiba como se proteger

Doenças do coração são responsáveis por 1/3 das mortes de mulheres no mundo. Saiba o que fazer para preveni-las.

  • Doenças do coração são responsáveis por 1/3 das mortes de mulheres no mundo. Saiba o que fazer para preveni-las.
    Imagem: Freepik / Foto criada por @Wiroj Sidhisoradej

    Atenção: Mulher, seu coração merece destaque. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares são responsáveis por 1/3 de todas as mortes de mulheres no mundo, ultrapassando até mesmo o câncer de mama. A cada dez mortes por infarto, seis são mulheres.  Dados da SBC, Sociedade Brasileira de Cardiologia

    Com o envelhecimento da população e com as mudanças no estilo de vida, as doenças cardiovasculares são as principais causas de mortalidade feminina. Mas qual é o motivo desse aumento? E qual é essa diferença entre o coração da mulher e do homem? Entenda sobre esse assunto e saiba como manter o coração protegido.

    Sim, o coração da mulher é diferente do coração do homem

    É comprovado cientificamente que o coração da mulher é ligeiramente menor, ou seja, pesa menos e ejeta menos sangue, já que a superfície corpórea feminina também costuma ser menor do que a dos homens.

    Na mulher, a circulação coronariana também é diferente, já que é mais estreita que a do homem e, por influência dos hormônios femininos, a pressão arterial das mulheres também é mais baixa, que tende a ficar semelhante à dos homens após a menopausa.

    Mulheres também têm 50% mais  de probabilidade de infarto em relação ao homens

    De acordo com o Ministério da Saúde, as doenças cardiovasculares são a principal causa de mortalidade entre as mulheres sendo, a primeira delas, o AVC (Acidente Vascular Cerebral) e a segunda, de infarto.

    E por que isso ocorre?

    São uma série de fatores. Uma delas é pelo calibre das artérias das mulheres, onde as placas ateromatosas tendem a fechar mais que a dos homens, fazendo com que a obstrução seja mais grave, tornando-as mais propícias a oclusões arteriais. Após a menopausa, há o aumento das doenças coronarianas, onde se perde a proteção cardiovascular, antes protegida pelos hormônios.

    Acúmulo de atividades e sedentarismo contribuem para o aumento das doenças cardiovasculares

    A rotina agitada das mulheres é um dos fatores que reflete no aumento dessas doenças. Com pouco tempo disponível e com tantas atividades a serem realizadas, é muito comum que ocorra um descuido com o coração.

    Existem sintomas específicos ou recorrentes?

    Quando o assunto é infarto, dor no peito não é o único sinal. É bastante comum que as mulheres apresentem sintomas diferentes daqueles já classicamente conhecidos. Náusea, indigestão, dores nas costas, falta de ar, dores no estômago são alguns sinais que, muitas vezes, podem aparecer.

    Direto no coração: tenha um olhar atento aos fatores de risco

    A maioria das doenças cardíacas estão associadas tanto ao envelhecimento como ao estilo de vida que as mulheres levam. Histórico familiar, hipertensão arterial, diabetes, aumento dos níveis de colesterol, tabagismo, sedentarismo e obesidade merecem um olhar atento e minucioso. Sendo assim, é necessário manter a alimentação bem equilibrada junto da prática de exercícios de forma moderada. Além desses cuidados, o check-up também é fundamental para prevenção.

    Check-up feminino: para prevenir e cuidar do coração

    Quando se trata de prevenir doenças do coração, o check-up é um grande aliado. Segundo a OMS, 80% das causas de doenças que afetam o coração são ocasionadas por fatores que podem ser mudados na rotina e, esses cuidados, não são apenas na alimentação ou na prática de exercícios, mas também com a realização de exames do coração. Assim, com a consulta, o Médico Cardiologista irá indicar o check-up e os exames a serem realizados.

    E como funciona o check-up?

    Conduzido por um Médico Cardiologista, serão investigados hábitos de vida como a alimentação, a prática de exercícios, os fatores de risco, doenças prévias e hereditárias do paciente e, claro, a presença de sinais físicos. Para que o diagnóstico seja assertivo, serão realizados alguns exames como o Eletrocardiograma, o Ecocardiograma, a M.A.P.A e o Teste Ergométrico. Confira a tabela que preparamos com informações quanto à realização de exames de acordo com cada faixa etária:

    Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia 

    Dr. Marcelo Aguilar Puzzi
    Cardiologista e Hemodinamicista

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