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A felicidade existe e seu endereço é certo. Todos a buscam, porém, nem todos a encontram. Salomão, filho de Davi, rei de Jerusalém, empenhou-se, diligentemente, para encontrá-la, mas buscou-a noutro endereço e sua frustração tornou-se notória. Onde Salomão buscou a felicidade? Eclesiastes 2.1-11 oferece a resposta:
Em primeiro lugar, na bebida (Ec 2.1-3). Aquilo que foi dado para alegria do homem, usado de forma imoderada, tornou-se um laço. O vinho é símbolo de alegria, mas o excesso dele é razão eloquente de profundas tristezas. Salomão tentou ser regido pela sabedoria e ao mesmo tempo dar-se ao vinho. Ledo engano. Colheu decepção. Ceifou apenas uma baforada de vento. Sua busca inglória à cata da felicidade no fundo de uma garrafa de vinho não passou de vaidade, uma bolha de sabão no mar do nada. A embriaguez longe de trazer contentamento, produz dor atroz. Longe de pavimentar o caminho da alegria, cava abismos ao longo do caminho, resultando em perigosos acidentes. Oh, quantos tombaram no caminho, na ânsia de encontrar a felicidade na bebida! Quantos casamentos desfeitos, quantos pais envergonhados diante dos filhos, quantos filhos arrebentados emocionalmente e quantos lares desfeitos por causa da embriaguez. O álcool é um carcereiro impiedoso. É um ladrão de cérebros. É um enganador falaz. Promete prazer e paga com desgosto; promete liberdade e escraviza; promete vida e mata. Definitivamente, a felicidade não mora na rua da embriaguez.
Em segundo lugar, na riqueza (Ec 2.4-8a). Salomão foi o rei mais rico de sua geração. Amealhou riquezas e acumulou fortunas colossais. Expandiu seu reino. Conquistou terras. Construiu palácios. Multiplicou rebanhos. Ajuntou ouro e prata. Tornou-se um homem rico e o mais afamado em riqueza. Porém, o dinheiro não preencheu o vazio do seu coração nem satisfez sua ânsia de felicidade. A felicidade não mora na casa da riqueza. Quantas pessoas ainda hoje nutrem a esperança de encontrar felicidade nos bens materiais. Trabalham, economizam, amealham, acumulam e detêm grandes fortunas. Moram em casas palacianas, em apartamentos de luxo requintado e adquirem muitas propriedades. Fazem grandes transações comerciais e formam um verdadeiro império econômico, mas o dinheiro não lhes pode dar felicidade nem segurança. A riqueza é instável. O dinheiro é volátil. O que ele pode oferecer são momentos felizes, mas não pode garantir a verdadeira felicidade. Quem ama o dinheiro dele jamais se satisfaz. Aliás, o amor do dinheiro é raiz de todos os males. Por amor ao dinheiro pessoas se casam e descasam; corrompem e são corrompidas; matam e morrem. O dinheiro como servo, é um bom servo, mas como patrão, é um mau patrão. Quando o homem usa o dinheiro para o bem, o dinheiro é bom; mas quando o homem é usado pelo dinheiro, sempre é usado para o mal. O doce néctar da felicidade não está na taça da riqueza.
Em terceiro lugar, nas aventuras sexuais (Ec 2.8b). Salomão foi um homem de muitas aventuras e ele buscou a felicidade na delícia dos filhos dos homens, mulheres e mulheres. Ele teve setecentas princesas e trezentas concubinas. Relacionou-se com as mulheres mais belas e encantadoras de seu tempo. Viveu paixões, as mais requintadas. Dormiu em muitas camas e alimentou seu coração com muitas paixões ardentes. Não negou ao seu coração nenhum prazer. Mas, suas aventuras sexuais não preencheram o vazio de seu coração. Entre essas mil mulheres não encontrou uma sequer que pudesse lhe dar o abraço da felicidade, o beijo da alegria e o colo do contentamento. Embora o sexo seja uma dádiva de Deus e conceda prazer extático, não é a fonte da felicidade. A felicidade mora noutro endereço.
Em quarto lugar, na fama (Ec 2.9-11). Salomão tornou-se o homem mais sábio de sua geração. Dominava todas as ciências, decifrava os grandes mistérios do saber humano. Granjeou por isso, notoriedade. Ficou afamado. Seu douto saber científico tornou-o um prodígio. Dentro e fora de sua nação Salomão excedeu a todos em sabedoria e fama. Porém, as medalhas de honra ao mérito e os seus troféus não aspergiram sua alma com o óleo da alegria. Sua fama também era vaidade, um vapor efêmero, uma corrida atrás do vento. A felicidade não está nas conquistas e aventuras abaixo do sol, mas nas alegrias perenes que procedem do que está acima do sol. Só na presença de Deus há plenitude de alegria. Só no temor do Senhor encontramos o endereço certo da felicidade.
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