Com o avanço da tecnologia, são feitos diagnósticos precisos e tratamentos mais adequados. Assim prevenimos muitas doenças cardiovasculares.
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O conhecimento científico alinhado aos avanços tecnológicos na área da saúde, com precisão e rapidez cada vez maior, nos faz refletir: Como será o final desta década? Esta resposta ainda está em construção, mas é motivo de muitos estudos e também de mudanças de hábitos.
Na visão dos mais otimistas teremos uma vida com hábitos mais saudáveis e preparados para a prevenção, já na visão de alguns pessimistas e daqueles que com predisposições genéticas teremos um momento de menor sigilo e perca da intimidade. Na verdade, esta é a vereda que tem levado nações a discutir este tema que invade o bem mais precioso do ser humano, sua vida.
Diagnósticos precisos levarão a tratamentos mais apurados, deixando no passado, por exemplo, doenças cardiovasculares, oncológicas e neurológicas as mais prevalentes. Há pouco tempo, a última geração tinha uma incidência de morte cardiovascular de aproximadamente 10%, atualmente este fator está entre 30% em algumas regiões do planeta.
A cardiologia responsável é hoje uma das especialidades que mais utilizam a tecnologia no dia a dia do consultório e de nossas vidas. Os equipamentos têm evoluído, os exames são mais minuciosos e precisos com o uso da inteligência artificial, smartwatches, melhora da definição de imagens como na angiotomografia, ressonância magnética e ecocardiogramas com nitidez superior ao olhar humano.
Essas informações, associadas a dados populacionais melhoram de forma quantitativa a qualidade do atendimento, acabando com as barreiras de custos, o que pode tornar universal o acesso aos novos procedimentos.
Ressalte-se o fato de que os pacientes terão possibilidade de telediagnóstico e monitoramento 24 horas por dia em qualquer parte do mundo com o progressivo desenvolvimento da telemedicina e wearables já disponíveis no mercado e liberado pelos órgãos regulatórios. Um ótimo exemplo é o eletrocardiograma continuo nos pacientes com algoritmos pré-definidos com os fatores de risco do paciente que de forma segura podem predizer o risco de infarto, arritmias e outras patologias fatais cardiológicas que podem ser identificados com antecedência para disparar o alarme ao seu médico cardiologista. Ajudando a orientar rapidamente o paciente, para salvá-lo em caso de emergência.
Ou ainda se valer de startups na medicina, recente ferramenta para emprego de novas tecnologias associadas ao uso crescente da internet com o advento do 5G, velocidade de internet capaz de em tempo quase real comunicar-se com células de comando operacionalizadas por equipes a distância. Nesse sentido, o CRM estuda adaptar o atendimento à distância ao Código de Ética Médica.
No tratamento, nota-se o desenvolvimento de novas drogas para controle do colesterol, diabetes e preventivas para contra o infarto agudo do miocárdio. Sendo inclusive mais precisas para controle da pressão arterial.
A robótica médica também evolui rapidamente, com aparelhos que modificaram a forma de atender e tratar os pacientes, já iniciado com a hemodinâmica e agora evoluindo para cirurgias mais seguras com mínimos cortes, implantes de próteses modernas e corações mecânicos avançados. Não se pode mais pensar em saúde sem tecnologia, um fato atual e sem volta.
Com o excesso de informações e as vezes fragmentadas, pode provocar no profissional uma sensação de insegurança e desorientação. Mas logo será incorporado nas clínicas médicas e nas faculdades de medicina, especialmente se houver uma prevenção adequada, garantindo ao paciente todos os benefícios desta evolução da medicina e segurança ao médico na prescrição e atendimento do mesmo.
Já ouvimos dizer que o foguete não da ré, porém já foi provado que com o conhecimento certo e a tecnologia adequada, podemos quase tudo. O que não podemos é adivinhar os sintomas do paciente ou salvar a vida daquele que nunca se preocupou em dar a importância correta que a VIDA merece.
A prevenção, continua sendo a chave mestra de qualquer orientação médica, é a boa saúde com auxílio da tecnologia que vamos melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas.
Dr. Marcelo Aguilar Puzzi
Cardiologista e Hemodinamicista
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