A importância da vacinação e os tipos de vacinas

A vacinação é a forma mais eficaz para se combater doenças que podem ser prevenidas, gerando assim imunidade no indivíduo.

  • A vacinação é a forma mais eficaz para se combater doenças que podem ser prevenidas, gerando assim imunidade no indivíduo.

    As vacinas são produtos biológicos com o objetivo de desencadear uma resposta imune protetora no animal, contra microrganismos patogênicos e invasores como vírus, bactérias, fungos e protozoários, que podem levar o pet a morte muitas vezes.

    A vacinação é de suma importância na saúde individual dos animais de companhia, e também fazem parte das prerrogativas para erradicação de doenças. O esquema de vacinação tem início com o animal ainda filhote e continua ao longo da vida. A imunização correta traz benefícios para o animal e o tutor. Previnem doenças consideradas Zoonoses, que são transmitidas aos humanos.

    Vacinas podem ser classificadas em: Vacinas Inativadas que possuem o vírus morto, e Vacinas Atenuadas ou Vacinas Recombinantes que possuem o vírus vivo.

    As Vacinas Vivas possuem microrganismos vivos, porém esses são extremamente enfraquecidos, passam por um processo de atenuação onde sua virulência é reduzida a níveis seguros, no qual são capazes de infectar as células e se multiplicar no organismo, mas sem causar a doença clínica. Elas atuam acionando o sistema imunológico que combate a infecção realizada pela multiplicação do microrganismo de maneira lenta. A exposição prolongada desse agente infeccioso durante sua lenta replicação gera uma memória imune, protegendo o indivíduo contra a doença em caso de uma infecção. Conferem imunidade celular e resposta humoral mais longa em comparação com as vacinas mortas.

    No caso das Vacinas Vivas Recombinantes é retirado uma parte do DNA de um determinado microrganismo responsável por produzir a resposta imunológica, ou seja, apenas uma fração desse microrganismo, e assim transferido para um outro agente viral ou bacteriano (que não terá poder patogênico no indivíduo para causar doenças), dessa forma esse patógeno entrará no organismo sem ser notado pelas células de defesa, fazendo com que a imunidade ocorra mais precocemente e de uma forma mais efetiva.

    As Vacinas Inativadas possuem o agente infeccioso morto ou um fragmento em sua composição. Como não possui multiplicação dos agentes patogênicos no organismo, pode ser necessário a adição de um adjuvante (substância usada para potencializar resposta) e múltiplas doses para melhor resposta imunológica.

    As vacinas inativadas não imitam a doença no organismo como as atenuadas, porém elas “enganam” o sistema imune, pois o organismo acredita que aquele agente infeccioso morto representa perigo real, desencadeando assim o processo de proteção.

    No mercado existe um portfólio completo de vacinas. Dentre elas, vacinas essenciais e complementares.

    As vacinas essenciais são aquelas que conferem proteção contra Cinomose, Parvovirose, Hepatite Infecciosa Canina nos cães, Parvovírus Felino, Herpesvirus, Calicivirus nos gatos e Raiva nas duas espécies. Essas vacinas geram uma imunidade esterilizante, ou seja, previnem a doença e não permitem que o animal possua sintomatologia clínica. Elas conferem grau máximo de proteção.

    Já as vacinas complementares são aquelas que conferem proteção contra Leptospirose e seus sorovares, Leishmaniose, Parainfluenza, Adenovirus, Bordetella bronchiseptica, Coronavirose, FIV/FELV, Chlamydia felis. Essas vacinas geram imunidade não esterilizante, ou seja, não impedem que a infecção aconteça, porém impedem formas graves da doença. O indivíduo comumente pode apresentar sintomas leves, sem riscos de vida para esse animal.

    Hoje no mercado existem laboratórios que possuem vacinas com a tecnologia recombinante vetorial para o vírus da Cinomose Canina, dessa forma o animal adquiri uma proteção precoce, já a partir da primeira dose, conferindo uma melhor resposta imunológica, já que o vírus não é reconhecido pelos anticorpos maternos presentes nesse filhote.

    Cada laboratório possui cepas e quantidades de antígenos presentes em cada vacina, bem como diferentes tecnologias, porém todas visando a imunidade do animal.

    Vale ressaltar que o protocolo de vacinação é a critério do Médico Veterinário, de acordo com as necessidades particulares de cada animal e ele é o único profissional que pode determinar adequadamente o protocolo de prevenção de doenças nos animais.

    Elisia Curioni Overnei – promotora técnica da Boehringer Ingelheim

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