Não olhe as circunstâncias, olhe para Deus

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Na noite seguinte, o Senhor, pondo-se ao lado dele, disse: Coragem! Pois do modo por que deste testemunho a meu respeito em Jerusalém, assim importa que também o faças em Roma” (At 23.11).

Depois das três viagens missionárias realizadas nas províncias da Galácia, Macedônia, Acaia e Ásia Menor, Paulo vai a Jerusalém levar ofertas aos pobres da Judeia. Depois, era seu propósito ir a Roma e de lá ser enviado à Espanha. O Espírito Santo, porém, o alertou que enfrentaria pela frente cadeias e tribulações. O profeta Ágabo o advertiu que seria preso em Jerusalém. Mas, o veterano apóstolo não se intimidou. Estava pronto a ser preso e até mesmo a morrer por Jesus em Jerusalém. De fato, Paulo foi preso. A cidade ficou amotinada. A intenção dos judeus era matá-lo. Mas, o velho apóstolo, com firmeza granítica, aproveitou o ensejo para fazer sua defesa e testemunhar sua experiência com Cristo no caminho de Damasco. Esse episódio só fez crescer a oposição contra ele. Mais de quatro dezenas de judeus fizeram, sob voto de anátema, uma conspirata para matá-lo. As circunstâncias eram medonhas. O perigo de morte era iminente. Porém, nesse nevoeiro cinzento de convulsão social, Paulo foi recolhido à fortaleza e Deus falou com ele, revelando-lhe três verdades consoladoras:

Em primeiro lugar, nas horas mais amargas da vida, o Senhor está ao nosso lado (At 23.11a). “Na noite seguinte, o Senhor, pondo-se ao lado dele, disse…”. O Senhor se pôs ao lado de Paulo, para livrá-lo da morte, como seu escudo e defensor. Há momentos na vida que os inimigos nos encurralam, que a voz ensurdecedora que chega aos nossos ouvidos é a voz dos adversários ensandecidos. Há circunstâncias desfavoráveis em que nos sentimos prisioneiros da maldade e parece até mesmo que os nossos inimigos vão nos engolir vivos. Porém, nesses momentos tormentosos, o Senhor se coloca ao nosso lado. Ele não desampara aqueles que nele esperam. Tendo o Senhor ao nosso lado, somos maioria. Tendo o Senhor ao nosso lado, ninguém poderá ser contra nós e prevalecer sobre nós. O Senhor Jesus prometeu: “Eis que estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos” (Mt 28.20).

Em segundo lugar, nas horas de nossos temores mais aterradores, o Senhor nos encoraja (At 23.11b). “… coragem!…”. O Senhor dissipa todo o temor do coração de Paulo, dando-lhe uma ordem peremptória: Coragem! Ah, como precisamos de coragem diante dos perigos da vida! Como precisamos de coragem, quando os inimigos rosnam com fúria assassina, tentando tirar nossa vida! Como precisamos de coragem para testemunharmos Cristo diante de providências carrancudas e pessoas hostis! O medo é um sentimento aterrador. Se o agasalharmos no coração, o inimigo se agiganta e nós nos apequenamos. O medo despede a fé e nos esmaga antes mesmo de travarmos a luta. Por isso, o Senhor encoraja Paulo, mostrando-lhe que não era o sinédrio com suas tramas de morte nem mesmo os judeus rebelados que estavam no controle da situação. Sua prisão em Jerusalém não seria o seu fim. Assim, também, nossa vida e nosso futuro estão nas mãos do Senhor. É ele quem dirige o nosso destino. Portanto, coragem!

Em terceiro lugar, nas horas que pensamos ser o fim de nossa jornada, Deus nos abre novos campos de trabalho (At 23.11c). “… pois do modo por que deste testemunho a meu respeito em Jerusalém, assim importa que também o faças em Roma”. A prisão em Jerusalém não era o fim, mas apenas uma fase preparatória para um testemunho mais retumbante em Roma, a capital do império. Deus levaria Paulo mais além. Deus abriria novos campos de trabalho para o apóstolo. Deus dá uma comissão a Paulo para ir a horizontes mais largos, quando tudo parecia ser o seu fim. Hoje mesmo, Deus pode abrir novas portas para testemunharmos de Jesus. Que tenhamos consciência de sua presença conosco! Que a coragem vinda de Deus nos impulsione a seguir em frente. Que a comissão divina apresse nossos pés a avançarmos para novos campos de trabalho!

Extraído, devocionais HDL


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