Imagem: Rubbo Fotografia / Lígia Boeze
Por Vitor Nogami
Há alguns anos essa frase poderia ser uma afronta para a sociedade, hoje mais que realidade é um pensamento que vem crescendo. Basta ver a taxa de fecundidade brasileira que saiu de 6 filhos por mulher nos anos 1960, chegou a 2 filhos por mulher em 2005 e está hoje em 1,72. Olhando os números movimentados pelo mercado PET temos um crescimento de 13,5% de 2019 para 2020, e um crescimento de 27% de 2020 para 2021. Os dados são do Instituto Pet Brasil.
Em meio à crise causada pela pandemia o estilo de vida das pessoas mudou. Alguns setores foram beneficiados, principalmente, aqueles relacionados ao bem-estar e moradia. Passando mais tempo em casa as famílias passaram a se preocupar mais com suas residências. O setor imobiliário, produtos de decoração e jardinagem, materiais de construção entre outros foram beneficiados, assim como o mercado PET.
Quem tinha PET passou a ficar mais tempo com eles em casa, e consequentemente, passou a interagir mais e prestar mais atenção nos animais. Aqueles que não tinham PET se aventuraram no novo estilo de vida, uma vez que as opções de lazer ficaram mais limitadas. De acordo com o veterinário Carlos Éverton Curti do Hospital Veterinário SOS ANIMAL “na pandemia as pessoas precisaram de algo para preencher suas vidas, isso aconteceu tanto em famílias que tinham filhos, quanto em famílias que optaram por não ter filhos”. Com isso, os gastos com os PETs aumentaram. Serviços como terapia, plano de saúde, banho e tosa, bem como produtos alimentícios, medicamentos e acessórios tiveram aumento de demanda.
Em Maringá não é diferente, basta prestar atenção nos parques e bosques da cidade que notaremos a quantidade de pessoas passeando com os animaizinhos. O mercado também se demonstra aquecido. Inaugurou recentemente uma boutique de produtos PET no Shopping Catuaí, a FreeFaro, onde produtos como uma cama para cachorro chega a custar mais de R$ 350,00. Saulo Sato dono da franquia afirma “Nossos clientes são muito exigentes e prezam por produtos de qualidade, sabemos que nosso produto é mais caro, mas também entregamos maior qualidade e credibilidade”.
É um caminho sem volta. Presentes nos aeroportos, shoppings e supermercados, os PETs já demarcaram seus territórios, cabem aos humanos se adaptarem. São adaptados imóveis, automóveis, viagens, férias, serviços de veterinária e até o planejamento familiar. Filhos? Não obrigado, estou feliz com meu pet!
Prof. Vitor Koki da Costa Nogami
Departamento de Administração – DAD
Universidade Estadual de Maringá – UEM
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