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40 novos médicos começaram a atuar no sistema público de Saúde de Maringá nesta sexta-feira (22). Eles foram habilitados em um credenciamento aberto pela Prefeitura para atuar nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Hospital Municipal, Pronto Atendimento da Criança (PAC) e na rede de saúde mental. Ao todo, 107 médicos foram habilitados no processo, com outros 67 ficando de prontidão para ser convocados de imediato em caso de algum desligamento.
A contratação dos novos médicos já havia sido anunciado pelo Secretário de Saúde de Maringá, Antônio Carlos Nardi, em coletiva no dia 13 de agosto. Em entrevista ao Maringá Post nesta sexta (22), Nardi destacou que o credenciamento faz com que o município volte a ter o quadro completo de profissionais para os setores de urgência e emergência.
“Eles vão atuar nas cinco unidades onde o credenciamento foi contemplado: as duas UPAs, Zona Norte e Zona Sul, o Hospital Municipal, o Pronto Atendimento da Criança e os Serviços de Saúde Mental. Vários deles estão com algum profissional na escala que não estava composta integralmente e ainda remunerando vários profissionais médicos em hora-extra para suprir demandas e agilizar o atendimento. Com a inserção de 40 novos profissionais, nós estamos garantindo as escalas integrais nos serviços de urgência, emergência e saúde mental do município a partir de hoje. Então, de hoje até quarta-feira da semana que vem, os 40 médicos já estarão rodando nas escalas, compondo ou de manhã, ou à tarde ou mesmo no período noturno”, disse.
Ainda conforme o secretário, o município tem trabalhado na recomposição dos quadros funcionais dos profissionais da Saúde. O próximo passo para melhorar os atendimentos, segundo ele, é intensificar os trabalhos de orientação à população. Ele cita, por exemplo, que 70% dos atendimentos registrados nas UPAs são classificados como pulseiras verdes, ou seja, são pacientes que poderiam ser atendidos nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
“O objetivo maior é o compromisso que a gente teve na administração de recompor, de fato, todas as portas de entrada de urgência e emergência, desafogando, assim, as nossas UPAs, que estão bastante sobrecarregadas de pacientes, mas, principalmente, acelerando a resposta, o tempo-resposta de espera desses pacientes que chegam e reafirmando, a Unidade Pronto Atendimento é para atendimento dos casos de urgência e emergência e ainda temos, na grande maioria, 70% dos casos, pacientes com pulseiras verdes aguardando, isto é, casos que poderiam estar sendo resolvidos e atendidos nas unidades básicas de saúde, com as equipes de saúde da família. […] É todo um trabalho, de fato, de orientação e, principalmente, do agente comunitário de saúde, que é o elo de ligação entre a unidade básica e o cidadão. A partir do momento que você tem uma ausência de mais de 150 profissionais no município, de um quadro de quase 400, você está falando que está com um terço a menos de pessoas que fazem esse trabalho de orientação, de acompanhamento, de monitoramento, para que as pessoas possam ter a visita casa a casa, a visita domiciliar, recomposta, reconstruída”, explicou.
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