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Um hospital maringaense vai fornecer botões do pânico para pacientes que receberem alta hospitalar. O objetivo é permitir que eles tenham um dispositivo para solicitar atendimento, de forma imediata, quando estiverem em casa. A iniciativa, pioneira no Brasil, será implantada pelo Hospital São Marcos.
De acordo com a instituição, o processo de aquisição e estudo para colocar os dispositivos em funcionamento já está em andamento. Será mais uma ferramenta de um projeto que o São Marcos já executa, também de forma inédita: o monitoramento de pacientes pós-alta.
A instituição, que conta com 50 leitos clínicos e 10 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), tem uma estrutura onde mapeia pacientes que tiveram longos períodos de internação no decorrer do ano. Eles têm os sinais vitais monitorados remotamente e uma equipe interdisciplinar que liga até a casa da pessoa quando identifica alguma normalidade.
Somente em 2025, foram mais de 3 mil pacientes monitorados e 6 mil ligações realizadas. Além do acompanhamento via telefone, o São Marcos também tem equipes de socorro prontas para ir até a residência do paciente quando solicitadas.
Segundo o Diretor-Médico da instituição, Raul Rodriguez, tudo é pensado para oferecer o melhor atendimento possível para os pacientes considerados mais graves.
“O monitoramento é uma ferramenta que a gente tem de tentar identificar uma piora no estado clínico do paciente antes que a família consiga, ou se a família viu alguma coisa diferente, ela tenha a possibilidade de ter um canal para nos reportar alguma coisa. A maioria dos serviços de saúde hoje tem um canal. Nós temos toda uma estrutura para que a gente consiga ter o feedback da família, para que a gente possa encaminhar uma unidade móvel, uma ambulância para buscar e, consequentemente, atendendo rapidamente esse paciente, a gente consegue diminuir o risco e isso dá impacto na sobrevida do paciente”, disse.
“O botão será para aqueles pacientes que são considerados mais graves e que acabam internando de forma frequente aqui no hospital e que a gente nota que precisam de algo a mais, às vezes a família tem algum tipo de dificuldade para comunicar ou até mesmo chamar a ambulância ou entrar em contato com a gente. Com o botão, a gente facilita isso. Se o familiar viu algo errado, só de apertar o botão, a gente já vai fazer o contato, mandar a ambulância, vai fazer tudo que é necessário sem a pessoa precisar ligar”, completou.
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