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Cerca de 800 pessoas participaram do lançamento do Projeto Plantas Medicinais: Territorialização da Política Nacional, na tarde desta sexta-feira (1), no Teatro Calil Haddad, em Maringá (PR). A iniciativa é uma das ações do programa Itaipu Mais que Energia, da Itaipu Binacional, em parceria com a Organização da Sociedade Civil Sustentec – Produtores Associados.
O projeto prevê o desenvolvimento das plantas medicinais, desde o cultivo e beneficiamento até a prescrição dos fitoterápicos por parte de profissionais de saúde, de preferência no Sistema Único de Saúde (SUS), e a sua utilização pela sociedade. Atualmente, o projeto abrange 11 regionais de saúde do Paraná, e agora inicia suas atividades na região noroeste do Estado, em especial nos 30 municípios que integram a 15ª Regional de Saúde de Maringá.
O diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri, explicou que a participação no projeto está alinhada com as políticas públicas do governo federal. “Poderia ser apenas um investimento em dinheiro, mas, para a Itaipu, é importante a contrapartida que envolva a consciência ambiental, o investimento na preservação ambiental, que também é um fator de geração de renda”, disse. Ele citou como exemplo de contrapartida ambiental a recuperação e preservação de nascentes nos municípios onde o projeto está sendo desenvolvido.
O evento contou com a participação do prefeito de Maringá, Silvio Barros; do representante do Ministério da Saúde, Benilson Beloti Barreto, assessor do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos; do reitor da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Leandro Vanalli; da reitora da Uningá, Gisele Colombari; do secretário municipal de Saúde de Maringá e representante do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Paraná (Cosems), Antônio Carlos Nardi; do deputado Elton Welter, de agentes e profissionais da área da saúde, representantes de organizações de agricultores, professores e acadêmicos.
Saúde e bem-estar
O presidente da Sustentec, Euclides Lara Cardozo Junior, fez uma apresentação dos objetivos e de como funcionará cada uma das etapas da territorialização do projeto. Cardozo explicou que o objetivo geral é promover saúde e bem-estar aos cidadãos paranaenses, com conhecimento, saberes, inovação e agregação de valor às plantas medicinais, gerando sustentabilidade e renda na agricultura familiar, com a territorialização da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos.
Como objetivos específicos do plano, estão a estruturação da cadeia produtiva de plantas medicinais; a consolidação das políticas públicas do governo federal; a promoção da saúde e da qualidade de vida da população; e geração de emprego e renda para a agricultura familiar.

O Projeto Plantas Medicinais: Territorialização da Política Nacional tem como lema “plante e colha saúde”, abordando todos os eixos da cadeia produtiva, ou seja, o cultivo, o beneficiamento, o uso popular e o autocuidado, a atenção à saúde com prescrição no SUS, a implementação de políticas locais, a validação científica e a comercialização.
As temáticas conduzem ao fortalecimento do conhecimento tradicional associado, com a possibilidade das plantas medicinais se tornarem uma alternativa importante para a geração de renda para as mulheres do campo.
A participação da Itaipu ocorre por meio de um convênio com a Sustentec, com um investimento de R$ 10.044.042,24.
Painel
Após a apresentação do projeto, foi realizado o painel “A mesa de diálogos de saberes”, com Jair Kotz, que é professor da Unioeste e coordenador técnico do projeto pela Sustentec, Fabrícia Sales, gerente de promoção da Saúde de Maringá, e convidados. Eles falaram sobre a importância do uso das plantas medicinais no contexto da saúde pública.
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