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Maringá perdeu 13 posições no ‘Ranking do Saneamento 2025’, estudo que analisa o quadro de evolução e investimentos no setor em todas as cidades do Brasil. O levantamento, realizado pelo Instituto Trata Brasil, foi divulgado nessa terça-feira (15).
A pesquisa leva em consideração dados relativos ao ano de 2023. A Cidade Canção, que ocupava o 1º lugar como o melhor saneamento do país no ranking de 2024, agora aparece em 14º lugar na edição deste ano do estudo. Trata-se da segunda melhor cidade do Paraná no ranking, atrás apenas de Ponta Grossa, que é a 13ª colocada geral e ficando na frente de Curitiba, que é a 18ª, sendo as três únicas paranaenses no top-20 nacional.
Dos doze indicadores analisados pelo Instituto, Maringá tirou nota máxima em três, todos relacionados ao tratamento de esgoto. São eles: Atendimento Urbano de Esgoto, Atendimento Total de Esgoto e Tratamento Total de Esgoto.
O principal indicador que fez a cidade cair no ranking foi o Investmento Total Anual por Habitante (IITH). Até o estudo do ano passado, Maringá investia, conforme o levantamento, R$ 57,21 por cidadão em saneamento básico. No estudo publicado este ano, este valor diminuiu para R$ 51,43.
Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Maringá informou que “a Agência Maringaense de Regulação (AMR) notificou a Sanepar, solicitando esclarecimentos técnicos detalhados acerca dos indicadores divulgados pelo Instituto Trata Brasil”. O município também ponderou que “a metodologia empregada no novo ranking do Instituto Trata Brasil baseia-se no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Ampliado (Sinisa), que substitui o anterior Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS)”.
O Maringá Post também consultou a Sanepar, responsável pelo sistema de saneamento em Maringá. Segundo a empresa, “Maringá permanece entre as 20 melhores cidades do Brasil, tendo atingido a universalização do saneamento quase 10 anos antes do prazo estabelecido pelo Marco do Saneamento”. Ainda conforme a Sanepar, estão previstos para a cidade investimentos “superiores a R$130 milhões, com destaque para atender os distritos de Iguatemi e Floriano”.
Sobre o ranking
O Ranking é composto pela análise de três “dimensões” distintas do saneamento básico de cada
município: “Nível de Atendimento”, “Melhoria do Atendimento” e “Nível de Eficiência”. Nesta edição, Campinas (SP) foi a primeira colocada, seguida por Limeira (SP) e Niterói (RJ).
Um ponto importante é que se observou uma aparente queda nos resultados gerais de saneamento reportados pelo SINISA de 2025, que considera os dados do ano de 2023, quando comparados aos dados do SNIS de 2024 (ano-base 2022).
No entanto, essa percepção pode ser explicada pela atualização metodológica em razão da publicação do Censo de 2022. Nos últimos anos, em razão do atraso na coleta e divulgação dos dados do Censo, estimava-se um número maior de pessoas por residência. Com a divulgação dos dados, contudo, descobriu-se que a população residente não aumentou como se projetava anteriormente.
Assim, os números relativos a 2023 podem representar um ajuste à realidade do país, não indicando uma piora objetiva na cobertura do saneamento no país, mas sim uma medição mais refinada e precisa.
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