Robô visto ‘caminhando’ no Parque do Ingá foi importado da China e será ‘garoto-propaganda’ de empresa maringaense

Em entrevista ao Maringá Post, o empresário dono do humanoide disse que desembolsou aproximadamente R$ 400 mil, incluindo custos de importação, para trazer o robô do país asiático. Utilizando um sistema de I.A, o ‘Mr.Green’ pode ser treinado para desenvolver várias tarefas e foi comprado para representar a visão de futuro de uma empresa de tecnologia.

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    No último domingo (6), uma cena chamou a atenção de quem caminhava no entorno do Parque do Ingá. Um robô humanoide foi visto entre as pessoas, passeando como se também fosse um humano. Vídeos gravados por quem estava no local rapidamente viralizaram nas redes sociais.

    O Maringá Post foi atrás dessa história. De quem seria aquele robô e o que ele estava fazendo na cidade? O humanoide que aparece no vídeo pertence ao empresário Rafael Wisch. Entusiasta da tecnologia, ele é CEO de uma empresa especializada em sistemas de pagamento digitais.

    Para a reportagem, Wisch conta que o humanoide, modelo Unitree G1, foi comprado na China no fim de 2024 e chegou ao Brasil há cerca de 1 mês. A caminhada do último domingo (6) foi o primeiro ‘teste de campo’ do robô, que ganhou o apelido de ‘Mr.Green’. Entre impostos e custos de importação, o empresário investiu cerca de R$ 400 mil para trazer a tecnologia do país asiático.

    “O objetivo era testar mecânica, equilíbrio e reação a obstáculos. Ele foi bem em tudo. Só teve um pequeno “trombô” quando rolou aglomeração e ele perdeu a conexão por segundos, bateu o peitinho num poste e se machucou um pouquinho — mas já está a caminho do médico funileiro”, brincou o empresário, falando sobre a primeira aparição de Mr.Green.

    Com um sistema de software integrado que usa Inteligência Artificial, o robô pode ser treinado para realizar uma série de tarefas, incluindo domésticas. O objetivo da compra, no entanto, é utilizar o humanoide como um “garoto-propaganda” da empresa que Rafael administra.

    “A ideia é utilizá-lo para demonstrar nossa visão de futuro, participar de eventos, ativações e feiras pelo Brasil; comunicar inovação com presença física e emocional. As pessoas temem o que não entendem, mas a tecnologia está aqui para somar. Cem anos atrás, quatro pessoas trabalhavam para alimentar cinco. Hoje, cinco alimentam cem — graças à tecnologia. O Mr. Greenn chegou com esse espírito: representar nosso futuro e mostrar que os robôs não estão aqui para substituir, mas para multiplicar o que fazemos de melhor”, disse.

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