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A Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC) e a Cidade Verde, empresas que operam o transporte coletivo na região de Maringá, emitiram um comunicado na manhã desta quinta-feira (3) “lamentando” a paralisação dos motoristas, anunciada e prevista para ter início a partir da 0h de segunda-feira (7).
O Sindicato dos Motoristas Condutores de Veículos Rodoviários de Maringá (Sinttromar), que representa a classe, entregou um comunicado formal anunciando a greve nessa quinta (3). A paralisação foi deliberada pelos motoristas em assembleia no dia 28 de junho, mas se aguardava um possível acordo entre os funcionários e as empresas na última rodada de negociações, ocorrida nessa quarta (2).
Os motoristas reivindicam 8% de reajuste salarial e vale-alimentação de, no mínimo, R$ 800. Até o momento, as empresas alegam ter oferecido 6% de 17,5% no vale. No comunicado entregue à imprensa, a TCCC afirmou que a soma dos reajustes oferecidos ficou acima do Índice Nacional de Preços sobre o Consumidor (INPC) dos últimos 12 meses, que foi de 5,20%.
“As empresas garantiram a data-base da categoria em primeiro de junho de 2025, evitando estresse desnecessário à população, enquanto negociavam. Da mesma forma, dependentes de uma planilha de custos e remuneração do serviço, oriunda de seus Poderes Concedentes, atendendo aos pedidos da própria presidência do sindicato adequaram sua proposta de reajuste econômico para, respectivamente, os percentuais de 6% (seis por cento) nos salários e 17,5% (dezessete e meio por cento) no Vale Alimentação, sendo que o mix destes percentuais representam 7,72% (sete virgula setenta e dois por cento), garantido um ganho real de 2,52% (dois virgula cinquenta e dois por cento), acima do o INPC acumulado dos últimos 12 meses, que foi de 5,20% (cinco virgula vinte por cento)”, disse a TCCC, em comunicado oficial.
Ainda conforme a empresa, a greve dos motoristas “prejudica o Sistema Público de Transporte, em prejuízo de toda coletividade que depende do serviço público coletivo” e ela se coloca à disposição para seguir negociando com a categoria.
Também por meio de nota, o Sinttromar informou que os funcionários representados pelo Sindicato têm enfrentado dificuldades “nas negociações coletivas, que, até o momento, não resultaram em avanços concretos ou em propostas minimamente aceitáveis à categoria profissional”. O órgão que representa os trabalhadores cita que o descontamento deles também abrange “condições de trabalho já conhecidas pela gestão patronal, tais como assédio e violência reiterada por parte de superiores hierárquicos e nas operações diárias, a prorrogação excessiva dos intervalos intrajornada e itinerários com horários impraticáveis, o que compromete a saúde e segurança dos trabalhadores e afeta diretamente a qualidade do serviço prestado à população”.
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