Faculdades privadas de Maringá tem mais de 25 mil alunos matriculados em cursos EAD

Número foi coletado do Censo da Educação Superior 2023, pesquisa que mapeia indicadores das instituições de ensino de todo o Brasil. Ao Maringá Post, vice-presidente do Sinepe-NOPR falou sobre o novo marco regulatório da Educação a Distância.

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    As instituições de ensino superior privadas sediadas em Maringá tem mais de 25 mil alunos matriculados em cursos EAD. O número foi coletado do Censo da Educação Superior 2023, pesquisa coordenada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e que mapeia indicadores das faculdades de todo o Brasil.

    Atualmente, o Censo da Educação Superior de 2024 está em fase de coleta de dados, sendo o de 2023 o com os indicadores mais recentes. Segundo a pesquisa, instituições de Maringá tem 25.320 alunos matriculados na Educação a Distância. Do total, as mulheres são maioria, com 14.439 matrículas contra 10.881 de homens.

    Os cursos presenciais, nestas mesmas instituições, somam 28.266 estudantes matriculados, sendo 16.480 mulheres e 11.786 homens.

    Nesta semana, o Governo Federal oficializou o novo marco regulatório da Educação a Distância (EAD). A principal mudança no decreto foi a proibição de cursos que sejam ofertados de 100% remota, sejam bacharelados, licenciaturas ou cursos tecnológicos. Segundo o Governo Federal, os cursos de graduação poderão ser ofertados em três formatos:

    1. Cursos presenciais: com pelo menos 70% da carga horária em atividades presenciais, com a presença física de estudantes e professor nas aulas; atividades em laboratórios físicos; frequência a estágios presenciais;
    2. Cursos em EaD: oferta majoritária de carga horária a distância, composta por aulas gravadas e atividades em plataformas digitais de ensino. Porém, o decreto impõe o limite mínimo de 10% da carga horária do curso em atividades presenciais; e, no mínimo, 10% em atividades síncronas mediadas.
    3. Cursos semipresenciais: criado pelo novo decreto, é composto obrigatoriamente por carga horária de 30% de atividades presenciais; e, no mínimo, 20% em atividades síncronas mediadas;

    Além disso, o marco regulatório proíbe a oferta a distância dos cursos de Medicina, Direito, Odontologia, Enfermagem e Psicologia. De acordo com o MEC, tratam-se de cursos que necessitam de de realização de atividades práticas, laboratórios presenciais e estágios, tornando a formação nesses casos “incompatível com o formato da educação a distância”.

    Em entrevista ao Maringá Post, o vice-presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino no Noroeste do Paraná (Sinepe-NOPR), José Carlos Barbieri, falou sobre o marco regulatório. Ele destacou que as instituições terão até dois anos para se adaptarem as mudanças previstas.

    “Esse decreto dispõe sobre a oferta da educação a distância por instituições de ensino superior, que ofertam a graduação. Ele vai alterar um decreto que foi publicado lá em 2017, ou seja, o último era 2017, então já tinham passado quase oito anos e esta atualização agora veio no sentido de regulamentar algumas coisas e resgatar algumas coisas que não estavam sendo cumpridas. […] Esta adaptação, ou seja, essa mudança, as instituições de ensino têm até dois anos para elas poderem se adaptar. O que é importante destacar é que os alunos que fizeram a matrícula antes do decreto ser publicado poderão continuar com suas atividades da forma que eram antes. Então se segue exatamente o que ele já está fazendo e as instituições durante esses dois anos para ir se adaptando, sendo orientadas pelas portarias que serão assinadas”, disse.

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