Levantamento mostra os bairros de Maringá com maiores índices de infestação do mosquito da dengue; Veja a lista

Nesta terça-feira (13), a Secretaria Municipal de Saúde apresentou o 2º Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (Lira) de 2025. Atualmente, 11 bairros da cidade apresentam índices de infestação superiores a 3%, valor muito acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

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    Um levantamento realizado pela Secretaria Municipal de Saúde de Maringá mostra os bairros da cidade com os maiores índices de infestação do mosquito da dengue. O 2º Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (Lira) de 2025 foi apresentado nesta terça-feira (13), no auditório da Secretaria de Saúde.

    Os dados do relatório foram levantados entre os dias 5 e 9 de maio. Atualmente, Maringá tem índice médio de infestação predial para dengue de 2,3%, ou seja, de cada 100 imóveis vistoriados, mais de 2 apresentaram algum foco do mosquito. O valor é muito superior ao recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o controle da doença, que é abaixo de 1%.

    De acordo com o Lira, Maringá tem 11 bairros com índice de infestação do Aedes Aegypti superior a 3%. Jardim Paraíso (3,6%), Céu Azul (3,6%), Jardim São Silvestre (3,58%), Portal das Torres (3,4%) e Império do Sol (3,4%) são os bairros com os maiores índices identificados. Já as regiões que registraram os menores níveis de focos do mosquito foram o Jardim Iguaçu (0,3%), Paris VI (0,4), Ney Braga (0,4%), Zona Sul (0,9%) e Vila Esperança (1,4%). Veja o mapa com as regiões da cidade com os maiores índices de infestação:

    Mapa Lira
    Divulgação/Secretaria Municipal de Saúde

    No atual ano epidemiológico, iniciado em janeiro de 2025, Maringá registra 2.565 casos confirmados de dengue, com quatro óbitos e outros 322 diagnósticos inconclusivos. Segundo o secretário de Saúde de Maringá, Antônio Carlos Nardi, os resultados mostram que a população está falhando na prevenção básica, uma vez que o Lira também exemplifica que mais de 80% dos focos do mosquito estão dentro das residências.

    “Hoje nós estamos vendo, numa visão de satélite, todos os bairros com algum tipo de infestação. Por isso, há agora a ação do cidadão. Cada um de nós fazer a nossa parte, chegar na nossa casa e, diante desses criadouros, eliminá-los, fazendo um checklist no quintal, na calha, nas edículas, nos pratinhos embaixo do vaso de flor, na bandeja da geladeira, para, eliminando os criadouros, nós controlarmos o índice de infestação e o Aedes aegypti como um todo”, disse.

    Ainda conforme o secretário, nos bairros com os menores índices de infestação é possível observar que a população tem feito a sua parte.

    “Elas exercem a cidadania e aquilo que tem sido feito de educação e saúde permanentemente, fazendo esse checklist. Muitas vezes, a banalidade ou o cotidiano acabam nos fazendo banir e abrir mão dos deveres que temos que praticar. Semanalmente, eliminando os criadouros, garantidamente nós não procriaremos o Aedes”, completou.

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    Secretário de Saúde, Antônio Carlos Nardi, apresentou o 2º Lira de 2025 | Foto: Victor Ramalho/Maringá Post

    Hostilidade aos agentes de Saúde

    Durante a apresentação do Lira, Nardi também comentou sobre a dificuldade dos agentes de Saúde em adentrar algumas residências para realizar a fiscalização periódica. São casos em que os servidores são impedidos de realizar o serviço pelos próprios moradores. Nestes casos, o município não descarta fazer mudanças na legislação para dar um maior respaldo e segurança aos agentes.

    “Nossos agentes ainda têm nos relatado enfrentamentos de moradores com resistência da entrada na fiscalização. Para isso, se preciso for, também haverá algum outro tipo de punição mais intensificada, inclusive com leis mais severas na Câmara Municipal, para que nós possamos garantir a saúde do cidadão maringaense. Esse é o trabalho e é a responsabilidade do Poder Público. […] Agressão física não tivemos, mas a agressão verbal, muitas vezes, ela é mais dolorida e mais difícil do que a própria agressão física. O fato de dizer não e de impedir um agente do bem que está vindo nesta casa, para mim, é superior a qualquer agressão física que se possa praticar”, afirmou.

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