Leilão de cavalos Quarto de Milha movimenta Expoingá com tradição, negócios e solidariedade

Evento reuniu 24 animais de diferentes idades e modalidades, com parte da renda revertida à Rede Feminina de Combate ao Câncer.

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    No sábado (10), a Expoingá recebeu um dos eventos mais aguardados por criadores e apaixonados por cavalos: o leilão de cavalos da raça Quarto de Milha, realizado no Parque de Exposições de Maringá Francisco Feio Ribeiro.

    Com um catálogo diversificado de 24 animais — entre potros, éguas de cria e exemplares prontos para competições —, o evento uniu tradição, qualidade genética e solidariedade.

    Após um período sem leilões do núcleo Quarto de Milha na feira, a retomada foi possível graças ao empenho dos organizadores e ao apoio de parceiros.

    “Ficamos um tempo sem realizar leilões, mas, a pedido da presidente Maria Iraclézia e com ajuda do Ricardo Pulzatto, conseguimos retomar essa tradição. Tentamos no ano passado, mas não deu certo. Desta vez, deu tudo certo”, contou o organizador João Antônio Botti Marcelino.

    O leilão teve formato híbrido, com lances presenciais e online por meio do site Criar Leilões. Os pagamentos foram facilitados em até 40 parcelas, o que atraiu um público diversificado, desde criadores experientes até novos investidores no setor.

    “Foi um leilão eclético. Tivemos animais para diferentes finalidades: potros para recria, éguas de cria que já não são montadas, e também cavalos prontos para tambor, baliza e laço. O Quarto de Milha atende todas essas categorias”, explicou João.

    Além da parte comercial, o evento também teve um viés solidário. A entrada do público foi revertida para a Rede Feminina de Combate ao Câncer, entidade que atua no apoio a pacientes oncológicos.

    “É uma causa que a gente fez questão de apoiar. A ideia era oferecer um bom receptivo aos convidados e ainda ajudar uma entidade que realiza um trabalho tão bonito”, completou o organizador.

    Apoio solidário

    Entre os criadores presentes, Ricardo Pulzatto foi um dos destaques, vendendo três potros de aproximadamente 18 meses, todos com linhagem selecionada.

    “Essa paixão vem desde criança. A gente começou na lida das fazendas e depois veio para as pistas. O processo de seleção é baseado na genética — acasalamos os animais já pensando no mercado futuro”, explicou.

    Segundo ele, quem deseja investir em um cavalo deve observar critérios técnicos. “É importante avaliar a morfologia, musculatura, equilíbrio, além do histórico genético — o que os pais e avós fizeram nas pistas.

    O leilão teve duração de cerca de três horas e foi considerado um sucesso pelos organizadores. Para o organizador do leilão, João Antônio Botti Marcelino, mais do que negócios, o evento é parte de um compromisso de longa data com a Expoingá.

    “Cada ano é uma luta para manter essa estrutura funcionando. Estar aqui mais uma vez é motivo de orgulho”, afirma.

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