Palestra de abertura da SEMEF destaca a urgência da Educação Financeira

O endividamento das famílias e a falta de conhecimento sobre oportunidades de investimento são fatores de empobrecimento.

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    O endividamento das famílias e a falta de conhecimento sobre oportunidades de investimento são fatores de empobrecimento. O assunto foi um dos temas abordados na palestra realizada na última sexta-feira, 9, na Associação Comercial e Empresarial de Maringá, que marcou a abertura da Semana Maringaense de Educação Financeira.

    A dificuldade para se administrar as finanças pessoais é um sintoma de um problema cultural em todo o Brasil, onde uma grande parcela da população sofre com o endividamento. “É por isso que precisamos falar sobre educação financeira e ensinar nossos jovens a lidar com o dinheiro de forma responsável para que no futuro eles possam viver com mais planejamento e tranquilidade”, afirma Jeane Nogarolli, idealizadora da Semana de Educação Financeira em Maringá e responsável pela palestra de abertura. A palestra ocorreu no auditório Miguel Kfoury, na sede da ACIM, a Associação Comercial e Empresarial de Maringá.

    O índice de endividamento da população feito pelo SPC Brasil ainda é muito elevado em todo o país. O relatório de inadimplência aponta que o índice de endividamento da população na região da Cacinor — Confederação das Associações Comerciais e Industriais do Norte do Paraná — cresceu 3,02% em comparação com março de 2024, acima da média da Região Sul do país, que foi de 2,35%. O maior grupo de devedores se concentra na faixa dos 30 aos 39 anos (26,97%). O relatório revela que, no último mês de março, o número de dívidas em atraso cresceu 7,79%. No mesmo mês, cada consumidor negativado da região devia em média R$ 5.375,00, na região da Cacinor.

    OS JOVENS PODEM FAZER DIFERENTE

    Se por um lado uma parcela da população vive atolada em dívidas e mal consegue dar conta dos gastos e compromissos mensais, muitos jovens têm aprendido a gerir os poucos recursos que têm e alguns têm ajudado a mudar a realidade de muitas famílias.

    São muitos os jovens entre 12 e 18 anos que se tornaram investidores nos últimos anos e têm ‘ensinado’ os pais a gastar de forma mais inteligente. Da renda fixa ao universo das criptomoedas, eles têm descoberto que o mundo das finanças vai além das contas a pagar e do balanço que muitas vezes não fecha no fim do mês.

    Um dos organizadores da SEMEF, o economista Matheus Ziermann, afirma que a Semana Maringaense de Educação Financeira é uma oportunidade estratégica para gerar impacto real na vida das pessoas. “Nosso foco é que o tema chegue a toda a população de maneira acessível demonstrando que a educação financeira pode ser um instrumento de transformação social”.

    O segredo está sempre na arte de planejar, controlar e ter consciência sobre o uso do dinheiro, não só para evitar dívidas, mas para construir liberdade e oportunidades no futuro. Essa mudança começa com a busca por informações e pelo conhecimento, muito mais acessíveis atualmente com a democratização das informações.

    A programação completa você acessa nesse link:
    https://www.instagram.com/p/DJZSDYeSbKp/?utm_source=ig_web_copy_link&igsh=MzRlODBiNWFlZA==

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