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Maringá planeja licitar a remoção de até 12,5 mil árvores. A informação é do secretário de Infraestrutura, Limpeza Urbana e Defesa Civil, Vagner Mussio, que concedeu entrevista ao Maringá Post nesta terça-feira (29).
Atualmente, Maringá tem uma fila de 5.774 árvores, já com laudo, aguardando serem removidas, segundo dados do Portal da Arborização, ligado a Secretaria de Limpeza Urbana (Selurb) coletados na tarde desta terça (29). Do total, 258 são classificadas como “Emergência”, representando ‘risco iminente de queda’, na classificação do próprio poder público.
De acordo com o secretário, atualmente a cidade conta com aproximadamente 30 servidores exclusivamente dedicados aos serviços de arborização. A pasta até solicitou a contratação de mais três engenheiros florestais, para dar celeridade na emissão dos laudos. No entanto, segundo ele, em uma cidade com mais de 150 mil árvores, apenas a força de trabalho da Prefeitura não é suficiente.
“Nós estamos preparando uma licitação pública, tendo em vista que a única existente é para poucas remoções, para poucas podas, e não supre a necessidade de Maringá, tendo em vista que Maringá vem se destacando no Brasil como cidade árvore, como uma das cidades mais arborizadas do Brasil. Ela ficou aí no sul do país como a cidade que tem 98,6% de áreas com arborização, onde as pessoas moram, e para manter esse título, nós precisamos investir. Hoje nós temos três engenheiros florestais, nós estamos pedindo a contratação de mais três”, disse.
“De forma alguma (é possível manter os serviços apenas com o efetivo do município). Maringá tem 150 mil árvores urbanas, nos passeios públicos, e é por isso que eu estou dizendo que nós iremos fazer uma licitação para a remoção de 12.500 árvores e de 50 mil podas. Tendo em vista que a cidade de Recife, que é uma capital com um milhão e meio de habitantes, no ano passado, foram feitas 30 mil podas em 90 mil árvores, enquanto Maringá, que tem 150 mil árvores, no ano passado foram feitas pouquíssimas podas, que é o que evita a queda de árvores, é o que muda o balanço da copa. Então, com esse efetivo, você vai fazer a emergência, a urgência e apagar o incêndio. O que necessita realmente é de uma grande licitação para que você possa ter equipe e equipamento suficientes para atender a população”, completou.
Ainda conforme Vagner Mussio, a licitação deverá ser na modalidade registro de preços, o que não significa que todas as 12.500 remoções serão contratadas. O edital, que também contemplará 50 mil podas, deverá ter custo estimado entre R$ 40 milhões a R$ 50 milhões.
“A estimativa gira em torno de R$ 40 a R$ 50 milhões o custo de uma licitação dessa. Vai depender das equipes que vão entrar, do preço que vai ter na disputa, pode cair bem mais. Mas isso é uma estimativa, não quer dizer que isso venha a ocorrer nesse valor”, explicou o secretário.
O secretário de Limpeza Urbana diz que Maringá mudou o sistema de trabalho para lidar com as remoções. Ao invés de atender cada protocolo de maneira individualizada, as equipes realizam mutirões em regiões específicas. Para a futura licitação, há a expectativa de que a cidade seja dividida em cinco regiões, cada uma com até 2.500 árvores catalogadas que podem ser removidas.
“Nós mudamos um pouco o nosso sistema de trabalho, estamos trabalhando com mutirão, então hoje a Prefeitura não se desloca da Secretaria para fazer um atendimento, mas quando tem a necessidade de um atendimento, é feito um levantamento de tudo em sua volta para que seja feito e otimizado o tempo dos servidores, das equipes e equipamentos. Então nós estamos programando aí uma grande licitação, ainda não dá para dizer quando vai ser feito isso, porque nós dependemos de dotação orçamentária e o nosso orçamento desse ano é da gestão anterior, mas a ideia é dividir Maringá em cinco partes, tendo uma área central, norte, sul, leste e oeste, cada ponto desses com 2.500 remoções de árvores contratadas e em torno de 50.000 podas, para diminuir a queda quando existe vento e chuva.
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