Secretaria de Saúde identifica circulação do tipo 3 da dengue em Maringá

O sorotipo não circulava em larga escala no sul do Brasil há mais de duas décadas. De acordo com o Diretor de Vigilância Epidemiológica de Maringá, modo de contágio é o mesmo, mas sintomas podem se agravar em pacientes mais jovens.

  • Tempo estimado de leitura: 3 minutos

    A Secretaria de Saúde de Maringá identificou a circulação do tipo 3 da dengue na cidade. A informação foi confirmada pelo Diretor de Vigilância em Saúde, Luciano Amadei, em entrevista ao Maringá Post nesta segunda-feira (28).

    O sorotipo nº 3 da dengue não circulava em larga escala no Brasil desde o ano 2000, mas voltou a ser identificado em testagens no ano de 2023. No Paraná, novos casos foram detectados em laboratório no fim de 2024 e, em Maringá, confirmações datam do começo de 2025.

    De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa-PR), 16,5% dos casos confirmados de dengue no Paraná em 2025 são do tipo 3. Em 2024, foram 288 casos registrados deste sorotipo no Estado.

    Segundo Amadei, não é possível precisar quantos casos de dengue entre os confirmados na Cidade Canção, atualmente, são do tipo 3. Atualmente, a cidade tem 1.218 casos confirmados da doença neste ano, com quatro óbitos. O tipo de contágio e os sintomas são os mesmos dos sorotipos 1 e 2, embora os sintomas possam se agravar em pacientes mais jovens.

    “Os pacientes quando eles entram em contato com o vírus, com um tipo de vírus da dengue, eles adquirem a imunidade permanente para aquele tipo de vírus. Porém, isso não significa que ele vai ter imunidade para outro tipo de vírus. Quando o paciente se reinfecta pela dengue e ele não teve contato com o tipo de vírus que voltou a ser introduzido, no caso 3, a tendência é que os casos possam se agravar. Como tem muito tempo que essa variante não circula, a probabilidade é de que as pessoas jovens poderão ter casos mais graves”, explicou Amadei.

    Ainda conforme o Diretor de Vigilância, o trabalho dos agentes da dengue em Maringá é contínuo. Ele alerta que 80% dos focos registrados na cidade estão dentro das casas.

    “As pessoas precisam ficar atentas, porque 80% dos focos do mosquito da dengue, eles estão dentro das nossas casas. Estão naqueles reservatórios que ficam atrás da geladeira, e toda geladeira tem aquele reservatório, ficam nos pratinhos de planta que acumula água, fica em tampinha de garrafa que está no quintal de casa, ou qualquer vasilhame que possa acumular água, enfim. Esses são os principais criadores do mosquito”, finalizou.

    Comentários estão fechados.