Prefeitura vai avaliar quantidade de atendimentos realizada por médicos nas UPAs, afirma Silvio Barros

Segundo o prefeito de Maringá, há relatos de demora de até 1 hora entre os atendimentos e dados que mostram que as consultas fluem melhor no período noturno: “Eu quero fazer uma análise comparativa entre a turma do dia e a turma da noite”, disse o chefe do Executivo em coletiva de imprensa.

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    A Prefeitura de Maringá pretende avaliar a quantidade de atendimentos realizada, diariamente, por cada médico das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). A afirmação foi feita pelo prefeito da cidade, Silvio Barros (PP), que concedeu coletiva da imprensa na manhã desta quarta-feira (23).

    O chefe do Executivo falou com os jornalistas após ter visitado pessoalmente a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Sul, na tarde dessa terça-feira (22), após relatos de superlotação no local. Barros admitiu a lotação na terça, mas considerou o episódio um ‘dia complexo’, atribuindo a alta procura por atendimentos ao crescimento dos casos de dengue na cidade.

    “Na UPA, embora todos os finais de semana, o primeiro dia depois do final de semana ou em feriados prolongados exista uma sobrecarga nas UPAs, porque muitos hospitais e outros lugares onde as pessoas são atendidas estão fechados, então, as pessoas acabam sobrecarregando a nossa estrutura Independente disso, nós estamos com um problema sério de dengue, muita gente com sintomas de dengue, e isso é anormal, porém está sobrecarregando o serviço. A maioria das pessoas que estavam lá precisando de uma UPA estavam realmente com sintomas de dengue”, disse o prefeito.

    Na visita, Silvio Barros conversou com gestores da unidade e também com a população, ouvindo relatos sobre a demora nos atendimentos. Conforme pontuado pelo prefeito na coletiva, há relatos de demora de até 1 hora entre um atendimento e outro, o que levou o chefe do Executivo a solicitar uma análise detalhada dos atendimentos feitos pelos médicos. Segundo ele, o objetivo é determinar uma padronização nos serviços.

    “Uma das coisas que as pessoas estavam reclamando é que estava demorando muito a consulta. Entre chamar um e outro, estava demorando 40, 50 minutos, às vezes 1 hora. Então, a preocupação que eu tive, e conversei ontem com a Ana, que é a gestora dos médicos lá da UPA, eu pedi para ela me mandar uma relação de quantos atendimentos cada médico faz por dia. E eu quero fazer uma análise comparativa entre a turma do dia e a turma da noite, porque a turma da noite anda rápido e a turma do dia anda devagar. E eu quero entender isso, qual é a diferença? Por que de dia anda muito devagar e de noite funciona rápido? Será que é o pessoal ou tem alguma situação específica que eu preciso entender?”, disse o prefeito.

    Silvio também acrescentou que quer conversar pessoalmente com os médicos para entender o cenário.

    “Ela já me mandou hoje de manhã a relação nome por nome, médico por médico, a produção de cada um, porque agora eu quero, pessoalmente, conversar com esses médicos e entender o que está acontecendo. Nós vamos ter que ter um padrão de atendimento. Não pode um atender 20 e o outro atender 35, e é consistente isso, não é algo que aconteceu um dia só, é consistente. A média de atendimento de um é 20, 22, 24 (por dia). O outro faz 30, 35, 36, como que pode? Alguma coisa precisa ser compreendida e eu quero ser o primeiro a compreender, para depois a gente poder tomar providência”, afirmou.

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