Maringá quer iniciar construção de duas novas UPAs ainda em 2025, afirma Silvio Barros

De acordo com o prefeito de Maringá, secretário de Saúde está em Brasília em busca de recursos para as obras. Município pretende usar o projeto padrão do Ministério da Saúde, o que deixaria o processo ‘menos burocrático’. Chefe do Executivo também fala sobre possível falta de recursos: “O que tem, mantém como está. Só que a gente não quer manter assim”.

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    O prefeito de Maringá, Silvio Barros (PP), voltou a falar sobre o desejo de construir duas novas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Conforme ele, “se tudo correr bem”, é possível que as construções iniciem ainda em 2025.

    O chefe do Executivo falou sobre o tema em coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (23). Após uma visita à UPA Zona Sul ocorrida nessa terça (22), Silvio falou sobre temas voltados à Saúde, como a superlotação nas unidades e o credenciamento de novos médicos.

    Sobre as UPAs Zona Leste e Oeste, que foram promessas de campanha, ele afirmou que o secretário de Saúde, Antônio Carlos Nardi, está em Brasília em busca de recursos para as obras. O município planeja usar na construção o projeto padrão de UPAs do Ministério da Saúde, que permitirá que o processo seja ‘menos burocrático’ e mais rápido.

    “Esperamos que agora, com os recursos que o Nardi está conseguindo trazer para a gente lá de Brasília, a gente comece a construção pelo menos das duas UPAs, se tudo correr bem, ainda este ano. Para as UPAs, nós vamos usar o projeto padrão do Ministério. Para as UBSs e para o CAPs, não, nós vamos fazer projetos adaptados à nossa realidade. Mas, para as UPAs, a gente tem como usar o projeto padrão do Ministério, que já está previamente aprovado. Então, o procedimento burocrático é muito mais rápido e a gente pode licitar e começar a obra este ano”, disse.

    Prefeito nega ‘rombo’, mas admite limitação de recursos

    O prefeito Silvio Barros também foi questionado, novamente, sobre as contas da Saúde. Nos últimos dias, veiculou-se a informação sobre um suposto ‘rombo’ de R$ 47 milhões nas finanças da pasta. Barros, no entanto, recusou-se a usar o termo, mas admitiu a limitação para o desenvolvimento de novos projetos.

    Segundo o chefe do Executivo, que voltou a citar uma ‘desestruturação’ no sistema de Saúde, os recursos em caixa são suficientes para manter a situação ‘do jeito que está’. Ele ponderou, no entanto, que o quadro atual não é suficiente para atender as demandas da população.

    “Na verdade, vamos deixar uma coisa clara. Nós não estamos falando de um rombo. O rombo é uma situação diferente. Nós estamos falando de falta de recursos para fazer o que tem que ser feito. É diferente. Não há, no orçamento, recursos suficientes para fazer aquilo que a população precisa que a Saúde faça e esse é o X da questão. Então, nós não estamos falando de um rombo. É que não existe, no orçamento, recursos para fazer aquilo que a população realmente precisa. Esse déficit é que tem nos custado um esforço adicional, porque o que a gente quer é entregar para a população o que ela precisa. Se for para deixar a população sem atendimento como estava antes, então está tudo certo. O dinheiro que está, mantém como está, só que a gente não quer manter assim. Nós queremos dar mais atendimento para a população. Nós queremos que aquilo que tem que funcionar, as filas de especialidade, os atendimentos do SAMU, as condições físicas e humanas da nossa estrutura, estejam adequadas à qualidade que a população de Maringá merece. E aí, para isso, não tem dinheiro. Então, nós temos que ir atrás. Nós temos que correr atrás. Eu diria que esse é um grande desafio”, declarou.

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