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A Prefeitura de Maringá confirmou não ter a intenção de dar continuidade na reforma do Terminal Rodoviário Jamil Josepetti, na Avenida Tuiuti. A informação foi dada pelo secretário de Obras Públicas, Artur Tunes, em entrevista ao Maringá Post nesta sexta-feira (4). Iniciada em fevereiro de 2021, a obra atingiu apenas 30% de conclusão, de acordo com o medidor de Obras Públicas do Portal da Transparência.
De acordo com o secretário, o município entendeu não ser viável fazer um investimento muito grande, neste momento, em um espaço que a própria Prefeitura não sabe se terá finalidade no futuro. Conforme Tunes, o Executivo discute a construção de um novo Terminal Intermunicipal na região do Aeroporto de Maringá.
“A reforma atingiu mais ou menos 25 a 30% do que estava inicialmente prevista e ali foram feitas as reformas dos sanitários, uma parte de acessibilidade. Porém, alguns investimentos maiores que consumiriam a maior parte do contrato eram climatização e a instalação daquele elevador. Então, uma vez que a gente já tem a rampa lá de acessibilidade, nós já temos um mecanismo que atenda um mínimo de acessibilidade, em virtude que a gente vislumbra que num futuro muito próximo um novo terminal intermunicipal e tudo mais, a gente acha que não é sensato fazer esse investimento muito grande ali em climatização nessa obra que pode, muito provavelmente, não mais nosso terminal intermunicipal. Então não faz sentido a gente gastar muito dinheiro lá agora, tenho uma obra nova no horizonte”, afirmou.
Desde que teve início, em 2021, a reforma da Rodoviária teve duas empresas responsáveis. A primeira abandonou a obra em 2022, enquanto a segunda teve o contrato rescindido em fevereiro deste ano. No decorrer desses quatro anos a obra, que deveria ser concluída em 12 meses, teve o prazo de entrega alterado em, ao menos, quatro ocasiões.
O projeto, que previa opções de acessibilidade e construção de novos banheiros, deveria custar R$ 10 milhões, fora aditivos. Pelo que foi entregue, o município desembolsou R$ 3,2 milhões, segundo as notas de empenho publicadas no medidor de Obras Públicas do Portal da Transparência. Conforme o secretário, o elevador de acessibilidade e os climatizadores não serão mais instalados.
Ainda conforme o secretário de Obras, o projeto da reforma tinha alguns problemas, que também influenciaram na decisão do município pela descontinuidade.
“O projeto tinha alguns problemas também. Por exemplo a alimentação de energia do elevador não estava prevista dentro desse projeto, então a gente ia ter que ver se o mecanismo jurídico ia permitir um aditivo a essa obra ou a gente ia ter que fazer uma nova licitação pra fazer a alimentação do elevador, Então quando a gente somou esses erros de projeto, essas, não vou dizer nem erros, o projeto não estava completo, pois uma reforma a gente sabe que muitas vezes ela demanda de algumas coisas que quando a gente começa a mexer a gente descobre que aquela situação que poderia estar arrumada. Então em virtude de tudo isso e mais o investimento que a gente vai canalizar pra esse futuro terminal, a gente resolveu encerrar o contrato e canalizar isso pra uma outra hora”, explicou.
Artur Tunes afirmou que a força de trabalho das secretarias municipais estará à disposição da gerência do Terminal, caso alguma intervenção emergencial seja demandada para o melhor conforto dos passageiros.
Sobre o futuro Terminal Intermunicipal, o secretário de Obras explica que ele está sendo pensado levando em conta a revitalização do Contorno Sul Metropolitano, na região do Aeroporto, que pode facilitar a ligação de Maringá com municípios vizinhos. O projeto ainda não tem data para ser licitado.
“A projeção é que ele seja do lado oposto do atual, ele passaria a ser um terminal de cargas e o novo terminal seria do outro lado da pista, então, como a gente tem ali nas proximidades a breve do Contorno Sul Metropolitano, a gente vai ter um acesso ali muito facilitado, então ali seria um ponto estratégico pra que esse terminal fosse acessado por pessoas que vêm de fora, conexões com municípios vizinhos, seria um ponto muito mais estratégico do que trazer esse fluxo todo para o centro”, finalizou.
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