Maringá: Entrega da obra da Praça da Catedral é prorrogada para outubro

A partir de abril, entra um vigor um aditivo que dá à empresa responsável mais seis meses para a conclusão da obra. Em entrevista ao Maringá Post nesta segunda-feira (31), secretário de Obras Públicas explicou polêmica sobre o piso tátil e detalha construção de travessia elevada na Avenida Tiradentes.

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    Apesar da retirada dos tapumes, o prazo de entrega da obra da Praça da Catedral de Maringá foi prorrogado para outubro de 2025. Em abril, entra em vigor um aditivo ao contrato, assinado em novembro de 2024, que dá à empresa responsável pela reforma mais seis meses para a conclusão. De acordo com o termo, publicado no Portal da Transparência, o contrato será finalizado em 26 de outubro.

    O prazo inicial para a conclusão era maio de 2025. Conforme apurado pela reportagem, o município optou pela prorrogação para evitar o fechamento imediato das duas vias da Avenida Tiradentes, que passam defronte a Catedral, uma vez que o projeto contempla a construção de uma travessia elevada ligando o templo até a Praça da Prefeitura.

    O secretário de Obras Públicas de Maringá, Artur Tunes, conversou com a reportagem do Maringá Post nesta segunda-feira (31). Ele foi questionado sobre um vídeo que viralizou nas redes sociais, no fim de semana, que questionava a disposição do piso tátil nas calçadas. O próprio prefeito Silvio Barros (PP) usou as redes sociais neste domingo (30) para explicar a questão.

    De acordo com Tunes, o piso tátil não finalizará na calçada, como a gravação mostra. Ele terá continuidade na travessia elevada que será construída na Avenida Tiradentes. Todo o trecho já está contemplado no projeto original.

    “Ele dá essa continuidade. Em toda a extensão ali da frente da Catedral, aquele meio fio lá, onde parou ali no vídeo viralizado, ele vai ser retirado. Toda aquela calçada da frente vai ser retirada e elevada para o mesmo nível da Praça. Nessa elevação, nessa reconstrução do piso, tudo isso já está contemplado. Inclusive ali tem um outro vídeo que aponta a inexistência de uma rampa. É que ali, na verdade, é uma faixa elevada geral. Então, nós vamos ter muito mais área de travessia para o cadeirante, para o pedestre e menos área de tráfego para veículos”, explicou o secretário de Obras Públicas.

    Sobre o prazo, o Artur Tunes explicou que a obra foi dividida em setores para minimizar o impacto para os motoristas. Quando a construção da travessia elevada for iniciada, o trecho da Avenida Tiradentes será fechado, uma faixa por vez. Ainda não há uma data para que isso ocorra.

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    Trecho do projeto mostra a Avenida Tiradentes. A parte em azul mostra a região que receberá uma travessia elevada | Foto: Victor Ramalho/Maringá Post

    “Quando a gente tiver um adiantamento nas obras lá do fundo da Catedral, lá virado para a Avenida Cerro Azul, nós vamos ter a parte da frente aqui fechada para a gente poder fazer essas intervenções. Na sequência, quando isso estiver um pouco mais adiantado, a gente fecha uma pista da Avenida Tiradentes e, quando essa pista estiver pronta, a gente fecha a segunda. Isso vai se dando ao longo do tempo, de modo que 31 de outubro é a data final para tudo estar pronto”, afirmou.

    Ainda conforme o secretário, a retirada dos tapumes mesmo sem a obra estar finalizada foi uma demanda de moradores e frequentadores da região. Não há a possibilidade deles serem colocados de volta, segundo ele.

    “Não, não tem possibilidade da gente colocar novamente (os tapumes), uma vez que a gente precisa garantir o acesso à Catedral. Ali é uma propriedade particular, a gente tem que garantir o acesso e eu não consigo fazer as obras do fundo e da frente (4:01) sem liberar as laterais. É lógico que a gente gostaria que tivesse muito mais adiantado essa parte de mudas, alguns defeitinhos que a gente está cobrando da empresa, mas não é possível a gente fechar, porque senão a gente interrompe o fluxo de pessoas e o acesso à Catedral. Então, ouvindo aos usuários, a gente achou menos impactante abrir esses tapumes, deixar circulando e, ao mesmo tempo, fazer essas pequenas correções de modo que as pessoas consigam transitar com mais facilidade”, finalizou.

    A intervenção da Praça da Catedral, que faz parte do primeiro trecho do Eixo Monumental, teve início em novembro de 2023. Os três trechos atualmente em execução (Praça da Catedral, Praça da Prefeitura e Vila Olímpica) foram licitados ao custo de R$ 48 milhões. Até o momento, a reforma recebeu R$ 2,5 milhões em aditivos, segundo o medidor de Obras Públicas do Portal da Transparência.

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